| 03/04/2008 11h07min
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não comparecerá à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim 2008, mas não pelos mesmos motivos que o presidente da França, Nicolas Sarkozy. A ausência de Lula não tem nada a ver com a política da China no Tibete ou com a suposta ligação do país com o genocídio em Darfur, no Sudão.
Segundo o assessor para Assuntos Internacionais da presidência, Marco Aurélio Garcia, o não-comparecimento do presidente na cerimônia de abertura não tem motivos políticos e, portanto, não tem qualquer relação com o boicote proposto por outros líderes internacionais.
– No Brasil, quem se responsabiliza pela participação dos atletas é o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que é uma entidade autônoma. Pelo que eu saiba, nenhuma grande organização propôs o boicote de atletas, como ocorreu em Moscou ou Los Angeles – comentou.
Sobre os motivos que vêm causando polêmica na mídia, como o caso dos monges no Tibete, Garcia se apressou em dizer que o “Governo não quer se manifestar sobre o assunto”, talvez com medo de represálias de um de seus mais importantes parceiros comerciais.
– De qualquer maneira, o presidente não iria à cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos em nenhuma circunstância. E isso não é um problema – concluiu o assessor, para quem a mistura de esporte e política não costuma ser "uma boa combinação".
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