| 14/03/2008 08h17min
Aos 52 anos, o técnico Edson Gaúcho se tornou o pesadelo do Inter na temporada. Ele venceu Abel Braga duas vezes em 2008, algo que nem mesmo Roberto Mancini, da Inter, de Milão, conseguiu fazer.
Natural de Riozinho, no Vale do Sinos, garante ter fórmula especial para encarar os colorados. Não comenta qual é, pois ainda pode encontrar o Inter outra vez na temporada. Mas dá pistas e garante: as duas vitórias (1 a 0 no Beira-Rio e 3 a 0 em Caxias do Sul) não foram casuais.
— O Inter tem apenas um jogador a ser marcado de cima: Guiñazu. Temos uma maneira diferente de jogar com o Inter. Ela começa com uma forte marcação por pressão na zaga deles — disse o técnico.
O trabalho de mobilização do Juventude para a partida foi municiado pelas declarações falando de revanche feitas pelo presidente do Inter, Vitorio Piffero. Elas foram repetidas dezenas de vezes aos jogadores. Apesar da obrigação de vitória do Juventude — a derrota reduziria as chances de
classificação —, foi o Inter quem se
mostrou nervoso em campo.
— O Inter havia vencido todos. Sabia que viriam para nos atropelar. O que vi foi um time ansioso. O controle psicológico do jogo foi nosso. Fizemos pressão, e eles se desestabilizaram. Prova disso foi a expulsão do Edinho — analisou Edson.
Com a goleada de quarta-feira, o Juventude recuperou-se no Gauchão. A reviravolta, porém, começou depois de levar 4 a 0, em Ijuí, na antepenúltima rodada. Gaúcho detectou soberba (ou "salto alto") no seu time. Naquela noite, no vestiário do 19 de Outubro, o Inter começou a se goleado pelo Juventude.
— Não perdemos para o São Luiz, perdemos para a nossa soberba. No Interior, o Juventude é time grande. Os times pequenos jogam Copa do Mundo. Agora, nós passamos a jogar Copa do Mundo contra todos também — concluiu Edson.
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