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 | 05/03/2008 18h32min

Jorge Lorenzetti se recusa a liberar quebra de sigilos pela CPI das ONGs

Catarinense foi convocado para prestar esclarecimentos em Brasília

Robson Bonin, Brasília  |  robson.bonin@gruporbs.com.br

Convocado a dar esclarecimentos sobre as relações que manteve com entidades investigadas pela CPI das ONGs, o catarinense Jorge Lorenzetti viveu momentos de angústia nesta quarta-feira, no Senado. Acusado de ter negociado a compra, por R$ 1,7 milhão, de um dossiê para prejudicar políticos do PSDB nas eleições de 2006, o ex-sindicalista negou todas as acusações. Além disso, se recusou a liberar a quebra de seus sigilos fiscal, bancário e telefônico.

Líder da bancada do PSDB, Arthur Virgílio (AM) foi responsável pelo momento mais desconfortável ao catarinense. Depois de fazer Lorenzetti concordar que o caso do dossiê seria obra de uma pessoa sem caráter, o líder tucano se levantou e caminhou até ele. De posse de um requerimento que autorizava a CPI a quebrar seus sigilos, pediu a Lorenzetti que assinasse.

— Não vou assinar. Todos os meus sigilos já foram quebrados pela Polícia Federal. Está tudo com eles — afirmou Lorenzetti.

Foram quase três horas de sabatina e um bombardeio de perguntas que pressionaram Lorenzetti a explicar sua relação com a ONG Unitrabalho, ligada a universidades. Membro da entidade de 1996 a 2005 e conhecido como "churrasqueiro do presidente", por ter comandado eventos na Granja do Torto, o catarinense negou ter usado a amizade com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para multiplicar os repasses à instituição.

— Nunca utilizei amizade para fazer pedidos pessoais a quem quer que seja. Essa proximidade ao presidente Lula que me imputam é um exagero — defendeu-se.

Leopoldo Silva  / 

Lorenzetti ficou conhecido como "churrasqueiro do presidente"
Foto:  Leopoldo Silva


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