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 | 04/03/2008 08h03min

Lula cobra apoio do PT para aprovar reforma e Orçamento

Relação entre governo e partido estariam abaladas, mas líder petista descarta crise

Em reunião com deputados do PT, na noite de segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou apoio da bancada para a aprovação da reforma tributária e do Orçamento de 2008. O presidente também manifestou preocupação com a ameaça do Congresso de impor restrições às medidas provisórias (MPs) e disse aos petistas que não é possível administrar o país sem esse recurso. Lula afirmou que, sem poder recorrer às MPs, a governabilidade fica prejudicada, já que o ritmo de votação na Câmara e no Senado é lento.

O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), que tem criticado a avalanche de medidas provisórias, numa queda-de-braço com o Palácio do Planalto, argumentou, porém, que é preciso encontrar uma maneira de não paralisar o Congresso. Se não for apreciada em 45 dias, após ser editada pelo governo, uma MP tranca a pauta e impede outras votações. Os petistas reclamaram da falta de interlocução com o presidente, que prometeu novas reuniões com a bancada. O relacionamento entre Lula e o partido piorou nos últimos tempos. Enciumados com a perda de espaço para os aliados — principalmente do PMDB e do PR —, deputados do PT se queixam de "perseguição" nos ministérios e dizem que a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não atende suas reivindicações.

— Há uma inquietação acumulada, mas a conversa com o presidente foi muito boa — afirmou o líder da bancada do PT, Maurício Rands (PE), que também participou do encontro com Lula, no Palácio do Planalto: — Achamos que o partido poderia ter mais espaço na elaboração das políticas públicas, porque tem contribuições a dar, mas não identifico uma crise.

Segundo Rands, Lula pediu atenção especial da bancada petista à votação do Orçamento, para não atrasar as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Hoje, líderes do governo e do PT na Câmara e no Senado se reúnem com o ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, para tratar de outro assunto ainda mais espinhoso: a CPI dos Cartões Corporativos.

Agência Estado
 
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