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 | 27/02/2008 18h29min

Bomba no estádio: Defesa fala em mal-entendido

Advogado de Guilherme Lacerda alega que ele não conhece os outros suspeitos

O advogado Hélio Rubens Brasil, que defende Guilherme Lacerda, 33 anos, terceiro suspeito de participar da explosão de uma bomba no Estádio Heriberto Hülse, no domingo, garantiu que tudo não passou de um mal-entendido.

Brasil acompanhou o cliente em depoimento nesta quarta-feira, no Departamento de Investigações Criminais (Deic), em Florianópolis. Guilherme teria entregado o explosivo a Franklin Roger Pereira, que confessou ter entrado com o artefato escondido na partida entre Criciúma e Avaí, válida pela 11ª rodada do Campeonato Catarinense.



A bomba atingiu o aposentado Ivo Costa, de 62 anos, que perdeu a mão direita após tentar arremessá-la para longe.

A tese da defesa é de que Guilherme sequer conhece os dois membros da torcida do Avaí que foram detidos nesta semana: Franklin e o militar Juliano Marinho de França, preso em um quartel. Brasil argumenta que o cliente, apesar de ser integrante da torcida avaiana Mancha Azul, não viajou no ônibus da organizada e foi para Criciúma acompanhado de dois primos, de carro. 

— Ele não encostou e não tomou conhecimento da bomba — afirmou o advogado.

Além disso, ele também teria voltado de carro com um dos primos para Florianópolis. O outro é natural de Criciúma é ficou na cidade. Brasil lembra que a prisão temporária de seu cliente é apenas para averiguação e não conclui quanto ao seu envolvimento no caso. 

— Meu cliente está muito surpreso e abatido. Ele não tem nada a ver com isso —concluiu.

Depoimento

A suspeita é de que Guilherme tenha entregado a bomba para Franklin. Ele, por sua vez, entrou com o artefato escondido no estádio. A polícia trabalha com a hipótese de que Franklin ainda teria devolvido o artefato ao Guilherme, que a repassou a Juliano Marinho de França, soldado do Exército, que nega ter atirado a bomba na torcida do Criciúma.

Segundo o delegado André Milanese, responsável pelo caso, Guilherme apresentou uma versão diferente para o fato. Ele disse que viu Franklin pegar a bomba com outras pessoas.

O delegado, porém, não considera esta hipótese a mais confiável e continua trabalhando em cima das informações repassadas por Franklin. Ambos devem passar para uma acareação nesta quinta-feira, em Criciúma, que fica a cerca de 190 quilômetros de Florianópolis.

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