| 20/02/2008 03h44min
Na única derrota do Inter na temporada, 1 a 0 para o Juventude, nenhum dos dois estava presente. Mas o empenho da dupla Magrão e Guiñazu volta a campo esta noite contra o São Luiz, às 21h45min, em Ijuí, com transmissão ao vivo da RBS TV.
Considerados de "pegada", o futebol deles foi forjado em partidas onde a vontade conta mais do que a técnica, regra aplicada ao Gauchão. Da época em que defendeu Rosário e Independiente na Argentina, Guiñazu lembra em especial de quatro adversários: Chacarita Juniors e Chicago, de Buenos Aires, e Tallares e Belgrano, de Córdoba.
Jogar na casa de um deles, com gramados maltratados e torcida pressionando a cada cobrança de escanteio ou lateral, era como se fosse o Gauchão e suas peleias pelo Interior.
— Todo jogo era pau e pau. A gente se acostuma, né? É o meu jeito de jogar — explica Guiñazu.
Muito da personalidade do pulmão do Inter é oriunda desses tempos. Guiñazu dificilmente reclama de lances
ríspidos e sempre exige empenho máximo,
sobretudo dos mais novos, até em treinos. O jogo do Estádio 19 de Outubro deve ter o seu perfil.
— A ordem é estar ligado porque a partida é difícil. Não se decide apenas na qualidade, mas também na vontade — diz Magrão.
Se Guiñazu se calejou no interior da Argentina, Magrão se estruturou em times pequenos do interior de São Paulo. Marcadores do meio de campo, para ele, têm de ter esse temperamento:
— Somos mais operários, de mais pegada. Até porque não temos a qualidade de Fernandão, Alex, do próprio Iarley, Nilmar, André...
Com relação ao time, Andrezinho deve entrar no lugar de Alex, vetado pelo departamento médico devido a dores no joelho esquerdo. Mas Abel Braga, apesar de afirmar em sua entrevista coletiva que Gil ainda deve um bom desempenho em 2008, não descartou a hipótese de utilizá-lo hoje à noite.
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