| 18/02/2008 06h03min
A primeira observação foi feita à distância, entre salgadinhos e água mineral, da espaçosa cabine número 2 do Complexo Esportivo da Ulbra, em Canoas, devidamente protegida por um segurança.
Às 16h desta segunda-feira, o caxiense Celso Juarez Roth, 50 anos, assume pela terceira vez o comando técnico do Grêmio. Como nas vezes anteriores, sua missão será dar equilíbrio defensivo ao time, sem retirar dele a ambição de ganhar.
Na primeira vez em que esteve no Grêmio, em 1987, Roth ainda atuava como preparador físico de Luiz Felipe Scolari. Depois, foi chamado para treinar em 1998. Ficou até 1999 e ganhou uma Copa Sul e um Gauchão. Retornou em 2000, fazendo do time semifinalista da Copa João Havelange.
— Gostei muito do empenho dos jogadores. Eles jogaram com a característica do Grêmio — avaliou o novo técnico, que assistiu o jogo contra a Ulbra ao lado do diretor de futebol, Paulo Pelaipe, e do diretor-executivo, Rodrigo Caetano.
Por
característica do Grêmio, Roth não entende
apenas a capacidade de superação da equipe, que passou a contar com 10 jogadores a partir dos 11 minutos do primeiro tempo, quando Anderson Pico foi expulso. Ele valorizou, também, a qualidade técnica de alguns jogadores, sobretudo Eduardo Costa, Perea e Roger, "que foi contratado para dar o toque de qualidade ao time e deu".
Afinado com o desejo da direção, que não enxergava muitas preocupações defensivas em Vagner Mancini, o técnico anterior, Celso Roth deverá manter para o jogo de quinta-feira, contra o Esportivo, a mesma idéia de time utilizada neste domingo em Canoas. Uma parede formada por Eduardo Costa, Adilson e Maylson foi montada à frente da área para que Roger, Pico e Perea tivessem liberdade de ação.
— A torcida precisa entender que o time está num momento de transição. Estamos reconstruindo uma base. O importante, agora, é dar consistência ao grupo — diz.
O retorno de Willian Magrão, que ontem cumpriu suspensão pelo terceiro cartão
amarelo, deverá ser a única novidade. O
que talvez não implique na saída de Maylson, elogiado ontem pelo novo técnico.
— Eu carrego o invólucro de ser um treinador defensivista. Só armo esquemas táticos de acordo com o que tenho à disposição — explica Roth.
Ontem, em respeito ao interino Julinho Camargo, Roth sequer passou pelo vestiário. Muito menos trocou idéias com o técnico da equipe júnior durante o jogo.
Hoje, no entanto, os dois irão conversar, para que Camargo transmita informações sobre as características de cada jogador.
— Não vim apenas para passar pelo Grêmio. Tomara que este seja o momento de conquistar títulos mais importantes. Vamos brigar seriamente por isso — prometeu Roth, antes de entrar no carro de Pelaipe e deixar o Complexo Esportivo sem ser reconhecido pelos torcedores da Ulbra.
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