| 14/02/2008 16h10min
Romário está livre para voltar a jogar. Nesta quinta, o atacante do Vasco foi absolvido pelo Pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) da acusação de doping. O jogador havia sido condenado a 120 dias de suspensão no julgamento de primeira instância, realizado em dezembro passado.
O exame antidoping do jogador realizado após a partida entre e Vasco e Palmeiras, no dia 28 de outubro, pelo Campeonato Brasileiro de 2007, acusou a presença da substância finasterida, contida em remédios para evitar a queda de cabelos e que também pode mascarar a presença de outras drogas.
Sob o olhar de Eurico Miranda
Romário chegou para o julgamento por volta das 13h, acompanhado dos advogados Mario Pucheau e Marcos Motta, já que o Vasco havia desistido de defendê-lo. Nem por isso, o presidente do clube cruzmaltino, Eurico Mirandá, deixou de acompanhar a sessão. Dirigente e jogador chegaram a trocar algumas palavras.
Agora resta saber se o Baixinho voltará a vestir a camisa do Vasco. O jogador tem contrato com o clube até o dia 30 de março, data na qual pretende encerrar a carreira, mas está em litígio com o clube desde a semana passada, quando não aceitou a interferência de Eurico na escalação do time. O Flamengo já manifestou interesse em organizar a despedida do jogador.
Choro durante o julgamento
Logo no início do seu depoimento, Romário começou a chorar ao comentar o difícil momento que vivia por causa da suspensão. O presidente do STJD, Rubens Approbato, pediu água para o atacante se acalmar. Romário tentou voltar a falar por três vezes, mas não conseguiu. Approbato, então, interrompeu a sessão para o atacante se recompor.
Antes de se emocionar, Romário disse que tomava o remédio contra queda de cabelo há mais de 10 anos e que, neste período, fez exames antidoping por seis ou sete vezes e que nunca teve qualquer problema. O Baixinho alegou que os médicos do Vasco sabiam do uso do remédio e nunca lhe falaram que ele possuía uma substância considerada proibida, por mascarar outras drogas.
E o argumento do Baixinho foi acatado pelos auditores do STJD. Após o procurador do STJD Paulo Schmitt ter pedido a condenação do jogador, o relator do processo, Caio Rocha, votou pela absolvição. Ele foi acompanhado pelos José Mauro Couto, Paulo Valled e Francisco Mussnich, garantindo assim os quatro votos entre os sete auditores do Pleno para a absolvição.
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