| 14/02/2008 11h29min
Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, concedida durante o Brasil Open, que acontece na Costa do Sauípe (BA), Guga trocou as lágrimas que emocionaram o público pelos sorrisos e brincadeiras que agregam carisma ao ídolo.
Perguntado sobre como foi após a derrota para Carlos Berlocq, por 7/5 6/1, na partida que inaugurou sua turnê de despedida, Guga não perdeu a oportunidade de demonstrar sua graça.
— Esta manhã foi bem difícil sim. Mas porque minha perna estava doendo pra caramba — contou em meio a risos.
Guga ainda pretende disputar outros cinco torneios que fazem parte da sua programação de adeus às quadras — Sony Ericsson Open, o Challenger de Florianópolis, o Masters Series de Monte Carlo, o de Roma ou Hamburgo e Roland Garros. Tudo porque faz questão de se despedir do público que cativou nos diferentes lugares do mundo durante sua carreira.
— Vai ter muito choro ainda, ainda mais pelo meu estilo, da minha família, sou muito natural, espontâneo. Vou levar umas duas caixas de lenço — brincou.
— Já estou acostumado a lidar com isso (dores), o mais frustrante pra mim é aquela limitação em termos de performance. Pô, eu daria tudo pra jogar melhor. Mas aprendi a saber quais são meus limites — concluiu o tenista.
O futuro do tênis e de Guga
O tom sério, contudo, veio à tona quando o tenista falou a respeito do seu futuro vinculado ao esporte e sobre as perspectivas do tênis no país. O catarinense, para a alegria geral, comprometeu-se a continuar batalhando
— Pra mim é um dever continuar fazendo alguma coisa pelo tênis, estar envolvido de formas diferentes. Mas sem deixar essa expectativa, 'quem vai ser o próximo Guga, quem vai ser o cara'. Tem que deixar a gurizada à vontade, apostar num método de trabalho mais a longo prazo, ter um pouquinho mais de paciência — afirmou Guga.
Os planos para os meses posteriores ao último torneio que pretende jogar (Roland Garros), são outros. Guga quer guardar um tempo para cuidar da sua vida pessoal, com um período merecido de descanso.
— Vou ter que me adaptar um pouco, encontrar outras coisas importantes, pra continuar de uma certa forma sentindo essa adrenalina que eu tinha no tênis.
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