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 | 07/01/2008 04h17min

Time enfrenta torcida e cansaço na final em Dubai

Clube gaúcho terá de superar adversidades para vencer a forte equipe da Inter, de Milão

Diogo Olivier, Enviado Especial/Dubai  |  diogo.olivier@zerohora.com.br

Não bastasse medir forças na final contra um time considerado o melhor da Europa, desta vez o Inter terá dois outros inimigos nada desprezíveis na decisão da Copa Dubai contra a Inter, de Milão. Um deles será a torcida. A tietagem árabe lotará o Estádio Al Wasl às 21h (15h em Brasília) para empurrar as estrelas italianas.

O outro é silencioso, porém mais perigoso: o cansaço. O zagueiro Índio, por exemplo. Está fora da decisão por isso. Sentiu as panturrilhas contra o Stuttgart, sábado. Índio saiu no intervalo. Ontem, seguiu com dores. Comunicou ao técnico Abel Braga e cedeu a vaga para Sidnei, 18 anos.

— Não deu. Esgotei minhas energias no sábado. Seria muito arriscado jogar — lamentou Índio.

Outro exemplo é Nilmar. O treino de ontem, no estádio do Al Ahli, um dos quatro clubes de Dubai, ainda não havia terminado. Mas Nilmar logo procurou as cadeiras de plásticos enfileiradas à beira do campo.

— Estou bastante cansado. Mas vamos para a superação — resignava-se Nilmar, esfregando os braços com as mãos para se esquentar do frio surpreendente que acompanhou o cair da noite em Dubai.

Nesse sentido, a ausência de Edinho é até boa notícia. O volante estava confirmado na final pelo técnico Abel Braga, mas o tornozelo voltou a inchar quando forçou no treino. Como Maycon treinou nas férias em vez de descansar, a exemplo de Renan, começou 2008 no auge da forma.

— A rigor, é só isso que me preocupa. Eles vão com os titulares. Esse papo de desinteresse não cola. Porque os titulares, então? É um time fresquinho e forte na parte física — disse Abel.

Inter enfrenta o time
italiano pela primeira vez


Antes do treino, o técnico definiu a estratégia em conversa com os jogadores. Depois dele, falaram Fernandão, Clemer e Magrão. Todos concordaram em manter a idéia do 3-6-1, apostando na velocidade de Nilmar.

É a primeira vez que o Inter enfrenta o clube que inspirou o seu nome. Foi em homenagem ao time de coração de seus pais, italianos de Milão, que os irmãos Henrique, José e Luis Poppe batizaram o recém-fundado Internacional, em 1909. Quase um século depois, longe da casa de ambos, o destino coloca criador e criatura na disputa por um título.

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