| 23/11/2007 04h30min
As mudanças no Grêmio não deverão se limitar à troca de técnico. Antes do início de dezembro, Paulo Odone pretende anunciar sua saída da presidência. Indicado para o comando da Grêmio Empreendimentos, empresa que irá gerir a construção da futura arena, o atual presidente deverá renunciar, forçando a convocação de nova eleição ainda este ano.
— Acho muito complicado desempenhar as duas funções — justifica o atual presidente.
Além disso, pelo estatuto tricolor, conselheiros estão impedidos de receber remuneração como funcionários ou prestadores de serviços. A Grêmio Empreendimentos, cuja forma de atuação foi apresentada ontem à noite em reunião do Conselho, prevê o pagamento de salário a seu presidente.
É remota a possibilidade de que Odone indique um dos vices para completar seu mandato, que só se encerra em dezembro de 2008. Como o futuro presidente precisará ter afinidade com a direção da Grêmio Empreendimentos, articula-se uma candidatura única,
respaldada por Odone. Dessa costura
política, participam o presidente do Conselho, Raul Régis de Freitas Lima, e o ex-presidente Fábio Koff.
— Essa é uma questão que o Grêmio precisa resolver. Será preciso criar um pacto pela arena no Conselho — afirma Odone.
Ele não nega o desejo de conduzir o processo do novo estádio. Deputado estadual, admite, até mesmo, reduzir sua atividade como político para dedicar-se integralmente ao projeto, que consumirá pelo menos três anos.
Odone cobra um envolvimento completo dos conselheiros. Lembra que o futuro do Grêmio está diretamente relacionado à construção da arena. O projeto completo, que engloba centro de convenções, hotel e centro comercial, custará R$ 900 milhões.
— Não podemos errar e repetir o ocorrido com a ISL. O projeto precisa ser assumido por todos, não só por essa diretoria — diz.
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