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 | 01/11/2007 07h23min

Paixão vermelha estampada no rosto

FanátiColorado conta a sua história e mostra a preparação para os jogos no Beira-Rio

Mariane Hahn  |  mariane.hahn@zerohora.com.br

São mais de duas horas em frente ao espelho antes de sair para os jogos do Inter no Beira-Rio. O rosto pintado de vermelho e branco e a peruca laranja, além da camiseta oficial e a bandeira — que se transforma em uma capa —, são o uniforme do FanátiColorado.

O símbolo do Inter pintado no muro identifica a casa de um torcedor fervoroso. A paixão vem desde a infância, quando acompanhava o pai e a mãe nos jogos.

— A minha família inteira é de colorados. Agradeço aos meus pais por terem me feito torcer pelo Inter. Até hoje eu me arrepio quando vou no Beira-Rio, imagina quando a gente é pequeno, quando tudo é novidade.

Desde 1992 o ritual é o mesmo: a inspiração vem e as figuras tomam forma no rosto, pescoço e braços. Destro, o FanátiColorado inicia as pinturas com a mão esquerda. A tinta especial para pintura facial e corporal não escorre. A que cobre o rosto se mantém molhada e é mais resistente à água do que a que colore o corpo. A habilidade para fazer os desenhos independe de treinamento. Até hoje a única forma que precisou rabiscar em um papel foi a Tríplice Coroa:

— Todo o colorado sabe desenhar o símbolo. A única dificuldade foi fazer ao contrário, no espelho. Esses dias, um colorado amigo meu perguntou se eu tinha parentesco com o Leonardo da Vinci.

FanátiColorado quer passar mensagem de paz

Fanático desde pequeno, ele não esperava se tornar um símbolo. A visibilidade surgiu em 2004, quando assistiu a uma partida contra o Boca Juniors com a peruca que ganhou de um amigo. Agora, ele quer usar sua fama para mostrar a paixão dos torcedores colorados pelo seu time.

— Eu não esperava que a mídia me procurasse. Faz 15 anos que eu me pinto. Eu não fiz isso para aparecer, mas já que está tomando esta proporção, vamos passar uma mensagem de paz, positiva. Eu odiaria que acontecesse algo com algum amigo meu em um jogo de futebol.

E ele dá o exemplo. Seu melhor amigo é gremista, mas isso não é problema na amizade que já dura nove anos.

— A gente faz brincadeira até onde dá. Os meus amigos gremistas pegam muito no meu pé, mas é dentro da rivalidade sadia. Cada um amando o seu clube.

E segundo Fanático, este amor é incondicional:

— Este ano a sorte não estava do nosso lado. Eu acho que o Inter não cai e se classifica para a Sul-Americana e não só eu como toda a torcida vai estar sempre do lado do Inter. A gente não vive de resultado.

Mariane Hahn   / 

Símbolo do Inter pintado no muro identifica a casa de um torcedor fervoroso
Foto:  Mariane Hahn


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