| 10/10/2007 10h14min
Desde o retorno do técnico Abel Braga ao Inter, o time tem na bola aérea a sua principal jogada de ataque. Em 12 partidas, foram sete gols de cabeça, contra cinco concluídos por chutes, um de pênalti e outro de falta. No Beira-Rio, garantem que é estratégia, não tentativa de vitória a qualquer custo.
Segundo números da TV Globo, o Inter é o campeão brasileiro do "chuveirinho". Foram 498 cruzamentos para área adversária, que resultaram em nove gols. Mas os últimos seis gols da equipe foram marcados de cabeça. Saiu a velocidade de Iarley e Adriano e entrou a bola aérea de Fernandão, Magrão, Gil e até Sorondo.
– O Abel vem pedindo para que o time jogue pelos flancos, pois todas as equipe têm congestionado demais o meio. Os cruzamentos acabam sendo uma necessidade - disse Wellington Monteiro – Também estamos explorando muito a bola aérea através das faltas laterais.
Os dois gols de cabeça da vitória sobre o América-RN foram indício do uso do recurso como tática de jogo, a partir dos ingressos de Sorondo (1m90cm) e Magrão (1m86cm) no time, além do retorno de Fernandão (1m90cm). Nada diferente do que estão fazendo as outras equipes.
– As jogadas pelo alto são características das equipes do Sul. O Grêmio cruza muitas bolas porque tem jogadores altos. Só não gosto de chutão. Tanto faz como ocorre o gol, o negócio é botar para dentro – comentou Abel Braga – O América-RN veio aqui e cruzou 26 bolas.
Magrão, autor do segundo gol na partida contra o América-RN, entende que o Inter não vive apenas da bola aérea, diz que o time tem armado jogadas, mas o aproveitamento com a cabeça tem sido melhor.
– Estamos colocando a bola no chão, mas ela não tem entrado. A diferença é que estamos sendo mais competentes com os lances pelo alto – afirmou o volante.
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