| 09/10/2007 12h44min
A 10ª derrota no Brasileirão, para o Palmeiras, no sábado, acendeu uma luz amarela no Estádio Olímpico. O motivo não é apenas a saída da zona da Libertadores. Faltando oito jogos para o fim do campeonato, uma realidade assombra o time do Grêmio: sempre que largou atrás no placar, o time terminou perdendo.
Em nove partidas, a equipe nem ao menos conseguiu descontar, saiu derrotada sem fazer gol. A única vez em que conseguiu reagir foi contra o Fluminense, no Maracanã. Apesar de Marcel perder um pênalti no jogo, Patrício garantiu um empate em 1 a 1, no finalzinho, em jogada irregular.
— Não sabia disso, estou surpreso. Já que temos essa estatística, precisamos trabalhar isso — admite o volante Sandro Goiano, apesar de amenizar, dizendo que pode ser apenas uma "coincidência".
O companheiro de meio-campo Eduardo Costa afirma que já estava atento ao fato de o Grêmio não ter ganhado nenhuma partida de virada. Segundo ele, o auxiliar-técnico Sidnei Lobo
havia comentado o assunto. Para o
volante, porém, a explicação está na marcação dos adversários:
— A maioria dos times quando marca gol se retranca. Não acho que falte poder de reação para a nossa equipe. Se faltasse, não estaríamos na posição que estamos.
O centroavante Tuta encara a estatística como um alerta. O camisa 9, que divide quarto com o meia Diego Souza na concentração, conta que já havia falado sobre as dificuldades do time em reverter placares.
— Falei para o Diego que sempre quando a gente leva o primeiro acaba perdendo. É difícil, porque as equipes se fecham — argumenta Tuta, apesar de crer que às vezes "falta sorte".
Se por um lado o Grêmio não consegue reverter os placares, na grande maioria das vezes que saiu na frente, terminou vencendo o jogo. Nas 18 partidas em que abriu o placar, venceu 14, cedeu o empate três vezes e perdeu apenas uma, para o Corinthians.
— É sempre mais fácil quando se sai na frente, porque é só
administrar — diz Sandro.
Para o volante Eduardo Costa,
isso é sinal de que a equipe "joga sempre da mesma forma". O problema é que o time, pelas estatísticas, quando sai perdendo também joga da mesma maneira.
Os números
Saindo atrás
10 jogos — Nove derrotas e um empate
Abrindo o marcador
18 jogos — 14 vitórias, três empates e uma derrota
Contra o Palmeiras, Grêmio levou o primeiro gol cedo e não conseguiu reagir
Foto:
Miguel Schincariol, AE
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