| 07/10/2007 04h43min
O finlandês Kimi Raikkonen, da Ferrari, venceu o GP da China de Fórmula-1 na madrugada deste domingo em Xangai. O espanhol ficou Fernando Alonso, da MacLaren, ficou em segundo, uma posição à frente do brasileiro Felipe Massa. Líder do mundial, o britânico Lewis Hamilton abandonou a prova na 28ª volta. Com o resultado, a definição do título fica para o GP do Brasil, no dia 21 de outubro no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
Assim, pelo terceiro ano consecutivo, os torcedores brasileiros terão o privilégio de acompanhar uma decisão de temporada de Fórmula-1. Três pilotos chegam a São Paulo com chances de levantar a taça. Apesar da má sorte deste domingo, Hamilton, com 107 pontos, ainda é favorito, precisando completar a última prova à frente dos adversários. Alonso possui agora 103, três a mais que Raikkonen, que precisa torcer contra os pilotos da McLaren. Sem chances de título desde o GP do Japão, Felipe Massa ficou com o terceiro lugar e fez a volta mais rápida da corrida.
Melhor piloto na primeira parte da volta, Lewis Hamilton voou baixo até o primeiro pit stop. Porém, as condições instáveis da pista chinesa acabaram por trair o novato. A McLaren falhou na escolha do momento de trocar os pneus intermediários por secos na metade da corrida. Com o traçado sem água, o inglês, que era líder e campeão naquele momento, acabou ultrapassado por Kimi Raikkonen. Ele tentou ainda entrar nos boxes na volta 31 para salvar a corrida, mas parou na caixa de brita e foi obrigado a desistir da prova na entrada dos boxes.
Antes do início da corrida, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou que a disputa começaria com chuva. A previsão, porém, só começou a se confirmar na segunda volta da corrida e mesmo assim com uma garoa. A esta altura, Hamilton já abria quase um segundo e meio de vantagem sobre Raikkonen, segundo colocado. A estratégia era fundamental para as pretensões do piloto da McLaren, que largou com menos gasolina e precisava abrir vantagem para se garantir nos pit stops.
Com todo o grid largando com pneus intermediários, Alonso tratou de partir para o ataque em cima de Massa logo na largada. Conseguiu a ultrapassagem, mas logo em seguida tentou fazer o mesmo para cima de Kimi Raikkonen, ficou vulnerável e tomou o troco do paulista. Enquanto isso, na parte final do grid, Rubens Barrichello tentava deixar Anthony Davidson, da Super Aguri, para trás. A manobra, porém, não foi bem sucedida. Os dois foram para fora da pista e Rubinho caiu para a última posição.
Após o encerramento da oitava volta, Hamilton já possuía cinco segundos de vantagem sobre o finlandês. Cerca de cinco segundos atrás do companheiro de equipe, Felipe Massa conseguia com sucesso a tarefa de segurar Fernando Alonso, que aparentava ter jogado a toalha. No final do grid, Anthony Davidson foi o primeiro a abandonar a prova. Confirmando as expectativas, Lewis Hamilton fez a sua primeira parada cedo, na volta 15, e, depois de 6s8 parado sem trocar pneus, voltou na quarta colocação.
Precisando da vitória, Kimi passou a pisar fundo e estabelecer as melhores voltas da corrida. Massa parou na volta 17 e, também sem trocar pneus, voltou na sexta posição. Em seu primeiro pit, Alonso continuou apagado e sequer conseguiu voltar à frente do brasileiro. Raikkonen, por sua vez, até conseguiu diminuir a vantagem de Hamilton, mas não o suficiente para ultrapassá-lo.
A pista começou a secar. Na frente, Massa foi o primeiro a ousar colocar pneus secos e macios, apesar de pingos voltarem a cair em Xangai. Sem aderência, ele passou a dançar na pista, mas logo recuperou a estabilidade.
Em busca da vitória, Raikkonen partiu para cima de Hamilton na volta 28. Mesmo sem necessidade de chegar em primeiro, o inglês ainda tentou lutar, mas escorregou muito na pista e não teve como segurar a liderança. Pouco tempo depois, com os compostos desgastados, parou na caixa de brita pouco antes da entrada nos boxes. Era o fim do que minutos atrás parecia ser uma corrida dos sonhos.
Melhor para Raikkonen, que passou a liderar. Alonso ainda tentou pisar fundo para alcançar o rival, mas sem sucesso. Enquanto isso, nos boxes, um decepcionado Hamilton era consolado por funcionários da McLaren. O clima na equipe era de funeral.
Mantendo cerca de oito segundos de vantagem sobre o rival, o finlandês não teve problemas para conduzir sua Ferrari tranqüilamente para a quinta vitória no ano. Acomodado, Alonso também preferiu evitar um arriscado desgaste do equipamento e se conformou com a segunda colocação, seguido por Felipe Massa.
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