| 19/09/2007 12h19min
A partida entre Boca Juniors e São Paulo na noite desta quarta, pela Copa Sul-Americana, pode ser a última de um clube brasileiro no lendário estádio de Buenos Aires. Pelo menos como ele é conhecido atualmente.
Há mais de um ano, a direção do time argentino estuda tornar sua casa adaptada às exigências da Fifa, que determina a colocação de assentos em todos os setores do estádio. Isso reduziria em muito a atual capacidade da Bombonera.
Após muita discussão, o Boca Juniors vetou a possibilidade de construir um novo estádio. A diretoria tem em mãos quatro projetos para reformar a Bombonera, um deles de um arquiteto brasileiro, de Curitiba, cujo nome é mantido em segredo.
A prioridade é não perder a capacidade de público do estádio, que com a implementação de assentos sem a reforma cairia para apenas 33 mil lugares, e muito menos deixar o bairro de La Boca, onde está localizada a sede do clube e a maior parte da torcida.
– Seria como perder a identidade do Boca e significaria um custo altíssimo. Também não há bons lugares para construir um estádio. Temos de ver a melhor maneira de manter e modernizar nosso estádio – explicou o vice-presidente do clube, Pedro Pompilio, ao jornal argentino La Nacion.
O projeto visa comportar 45 mil torcedores no estádio, pouco menos que os 49 mil atuais, segundo o site oficial do Boca Juniors. Os recursos para bancar o projeto viriam de um fundo do clube, além da ajuda do governo local. Mauricio Macri, presidente de clube, foi eleito prefeito de Buenos Aires.
– Na final da Libertadores, contra o Grêmio, entrei no Olímpico e não tive nenhuma sensação de emoção. Nosso estádio é perfeito para prática do futebol e para se assistir de qualquer setor – encerrou Pompilio, que criticou a distância da arquibancada até o gramado no palco gaúcho.
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