| 11/09/2007 13h51min
Embora o Comitê Olímpico Nacional Italiano (Coni) tenha levantado suspeitas a respeito do tratamento que o atacante Ronaldo está fazendo para se recuperar de uma lesão na coxa esquerda, o médico responsável pelo controle antidoping do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Eduardo de Rose, acredita que a irregularidade no tratamento é “uma questão de interpretação”.
O tratamento pelo qual o atacante quer passar consiste na manipulação de seu próprio sangue para retirar proteínas que posteriormente serão reinjetadas em seus tecidos lesionados para curá-los e evitar novas contusões. Este tipo de tratamento na Itália já foi investigado pelo Coni anteriormente e não é realizado deste então até os italianos terem uma resposta definitiva da Agência Internacional Antidoping (Wada) sobre o tema.
No entanto, de Rose disse que este tratamento só é doping se a readministração de substâncias do próprio organismo do atleta for feita com a intenção de melhorar seu rendimento.
– Se um atleta usa seu próprio sangue para melhorar seu desempenho em competições, isto é irregular. No entanto, Ronaldo não está fazendo isto para competir, e sim para reabilitar um músculo lesionado. É conceitual – disse de Rose, que manifestou confiança no trabalho do traumatologista responsável pelo tratamento do craque, José Luiz Runco, médico do Flamengo e da seleção brasileira.
– Conheço o Runco, ele é um excelente traumatologista. Qualquer uso de artifícios irregulares seria preocupante. No entanto, sabemos de sua competência e que se houver algum problema ele não o fará – concluiu Eduardo de Rose.
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