| 04/09/2007 21h28min
Bem diferente da época em que o argentino Daniel Passarella afastou Fábio Costa do elenco do Corinthians, a relação entre Wanderley Luxemburgo e o goleiro não estremeceu após o técnico do Santos tomar atitude semelhante nesta terça-feira.
Com a expressão bastante serena, Fábio Costa não demonstrou abatimento pela decisão de Luxemburgo. Ao contrário, ele a apoiou.
– Fica aqui minha admiração pelo Wanderley. Se toda sacanagem fosse assim, seria bom. Ele foi muito correto comigo, transparente. Não houve nenhuma trairagem. Já passei da fase de bode expiatório faz tempo. Dou meu total e irrestrito apoio ao que está sendo feito – disse.
Fábio Costa reconheceu que não vive bom momento técnico e, portanto, considera positiva sua saída do time do Santos.
– Lógico que ninguém quer ser tirado da equipe. Confio no meu potencial. Eu não vinha bem, mas sempre pensava que podia melhorar com o decorrer dos jogos – contou.
Ao recusar o termo "afastamento” para a situação, o goleiro até estipulou tempo para seu retorno à equipe titular.
– Agora, tenho uma semana, dez dias, para treinar bastante e recarregar as baterias. Não é nem o cansaço físico que a gente sente, mas o mental. Tenho absoluta certeza de que vou voltar a jogar. Não ganhei todos os meus títulos de brincadeira – disse o jogador que mais atuou pelo Santos na temporada. Segundo Luxemburgo, no entanto, Fábio Costa só retomará sua vaga no time se provar que está em melhor fase do que o então reserva Roger.
Sobre os motivos disciplinares que resultaram em sua saída da equipe, Fábio Costa foi bastante sucinto.
– São problemas internos. Se o Wanderley não externou, não sou eu que vou fazer. Que eu saiba, não aconteceu nada. Todo mundo procura chifre em cabeça de cavalo – justificou, desmentindo desentendimento com o preparador de goleiros Marco Antônio Guedes, o Mocóca.
Pelo menos nesta terça-feira, Fábio Costa já começou a cumprir com as exigências de Wanderley Luxemburgo. Ele participou ativamente do treinamento recreativo. Concedeu entrevistas com uma toalha no ombro, com a qual enxugava o rosto vez ou outra.
– Ninguém tem cadeira cativa na equipe. É preciso mostrar que ele (Luxemburgo) está errado em um espaço mais curto de tempo possível – conscientizou-se.
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