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 | 23/07/2007 18h18min

Yane comemora o ouro pan-americano

Atleta disse que valeu a pena ter abandonado a farra

A brasileira Yane Marques comemorou a medalha de ouro no pentatlo moderno dos Jogos Pan-Americanos, ganha nesta segunda, lembrando da sua dedicação durante os treinamentos. Para ela, a distância da família e dos amigos foi recompensada com o lugar mais alto do pódio.

– Eu fiz por merecer. Abandonei família, a farra, tudo para chegar aqui. O esforço valeu a pena – disse a atleta, que teve seu melhor desempenho na esgrima, com 24 vitórias em 26 combates. – Não digo que ganhei na esgrima, pois se fosse mal nas outras provas, ficaria sem o ouro. No pentatlo, o importante é manter a regularidade – ponderou a brasileira, que ficou na quinta posição no tiro, segunda na natação e décima no hipismo.

Com os bons desempenhos, ela conseguiu a vantagem de largar 1min24 à frente da segunda colocada na prova de corrida. Entretanto, ela conta não ter pensado nisso quando entrou na pista.

– Mesmo vendo a adversária longe, forcei para fazer um bom tempo na corrida – declarou Yane, que completou os 3 mil metros em 11min43.

A outra competidora brasileira na prova, Larissa Lellys, se surpreendeu com o resultado da compatriota. Ela conta que, nos treinamentos, as duas costumam ter desempenhos semelhantes.

– Mas hoje ela foi muito melhor. Acredito que até ela se surpreendeu com o que fez – disse Larissa, lamentando a sua oitava colocação. – Não consegui fazer o que treinei, faltou frieza na hora da prova – justificou.

Com o outro, Yane obteve a vaga para os Jogos Olímpicos de Pequim. Larissa garante que ainda lutará para fazer companhia à amiga na China.

– Continuo sonhando com as Olimpíadas. Descanso amanhã (terça) e na quarta já volto a treinar. Daqui a dois meses, vou disputar o Mundial de Berlim – afirmou.

Entre os 30 amigos de Yane que viajaram de Recife para assistir ao Pan estava a mãe da atleta, Maria Goretti Fonseca. Ela conta que se surpreendeu com o ouro da filha.

– Nós torcíamos por uma medalha, mas não esperávamos o ouro – confessou Maria, ao lado genro, Aloísio Sandes Júnior. – Nunca passou pela minha cabeça ver minha filha aqui no Pan, somos de uma cidade pequena que não tem nada – contou, humilde, a mulher natural de Afogados da Ingazeira.

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