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 | 11/07/2007 13h40min

Profissionalismo divide seleção brasileira de boxe

Atletas não são unânimes sobre sonho de conquistar cinturão mundial

O sonho de conquistar um cinturão de campeão mundial no boxe profissional não é unânime entre os pugilistas da seleção brasileira que disputarão os Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro. Enquanto uns alimentam a esperança de seguir os passos de Popó, que partiu para o profissionalismo após garantir a medalha de prata no Pan de Mar del Plata, em 1995, outros estão satisfeitos com o apoio que recebem da Confederação Brasileira de Boxe.

Mesmo entre os que pensam em se profissionalizar, a idéia é fazer isso somente após os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

– Todos da seleção já receberam propostas para se profissionalizar, mas para mim ainda está cedo. Quem sabe depois das Olimpíadas – diz o peso pena Davi Souza, de 24 anos.

O meio-médio-ligeiro Myke Carvalho, com 23 anos, ainda está em dúvida se seguirá uma carreira profissional no futuro.

– Se eu for bem no Pan e nas Olimpíadas, compensa ficar no boxe olímpico, senão me profissionalizo depois de 2008 – afirma o pugilista, que esteve nos Jogos de Atenas-2004.

– No profissional, dá para ganhar mais com o patrocínio e as bolsas das lutas. Para chegar nas outras Olimpíadas (Londres-2012) com 28 anos, estaria muito velho para buscar uma medalha – justifica o atleta.

O glamour das lutas profissionais não empolga o meio-pesado Washington Silva.

– A medalha olímpica representa muito mais que um cinturão de campeão mundial. Cheguei a assinar um contrato depois das Olimpíadas de Atenas, mas resolvi continuar na luta por esse sonho – diz o lutador.

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