| 08/07/2007 20h49min
Ficou para terça-feira a decisão final dos funcionários da Infraero sobre a greve marcada para a meia-noite de quarta-feira. Os líderes do movimento não aceitaram discutir antecipadamente o reajuste salarial proposto pelo governo e optaram por uma nova rodada de negociação nesta segunda, às 14h30min, na Infraero em Brasília.
Apesar disso, o diretor administrativo da Infraero, Marco Antônio de Oliveira, e dirigentes do Sindicato Nacional dos Aeroportuários mantiveram contatos no fim de semana sobre a contraproposta do governo de reajuste de 5,5%, podendo chegar a 6%, mantidos os atuais benefícios, entre os quais horas extras, adicional noturno com acréscimo de 60% e adicional de férias de 50%, além de seguro de vida. O Ministério do Planejamento insistia em reajuste de 4% e em reduzir as vantagens para os novos empregados.
Embora a nova proposta não tenha sido oficialmente apresentada, será discutida nesta segunda em assembléia dos funcionários do Tom Jobim, que receberá reforço da categoria de Guarulhos.
O diretor do Sindicato Nacional dos Aeroportuários, Francisco Lemos, disse que a agenda no Rio foi mantida porque não houve tempo hábil para avisar os participantes sobre a nova disposição do governo. O diretor avalia que a categoria no Rio seguirá a de São Paulo e votará a favor da greve.
Segundo técnicos do Planejamento, o governo ainda não anunciou os 6% porque teme problemas com outros servidores, como os da Eletrobrás.
Dirigentes sindicais acreditam que, se não houver acordo, somente deverão cruzar os braços trabalhadores de Guarulhos e do Tom Jobim. Nesse caso, a paralisação atingiria 38% do efetivo da Infraero, de 10,6 mil profissionais.
Entre as atividades que poderão ser prejudicadas com a greve estão controle e planos de vôo, fiscalização de pátios e pistas, sistema de informação ao usuário (monitores e painéis luminosos), segurança e serviços de manutenção.
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