| 14/05/2007 11h09min
Não foi a estréia que Renan sonhou como titular oficial da camisa 1 do Inter. Antes tudo tivesse saído como das outras vezes, nas quais substituiu Clemer e chegou a bater o recorde de Taffarel em número de partidas sem levar gol pelo clube. No domingo, levou três. E reconheceu que errou o primeiro. O zagueiro Juninho cobrou falta com um chute seco, rasante, que entrou no canto esquerdo do goleiro do Inter. O problema está justamente aí. Era exatamente onde estava Renan. Nem o fato de a bola ter passado por entre a barreira serve de consolo.
– Nem lembro se a barreira abriu ou não abriu, mas isso não interessa. Se a bola vem no meu canto, eu tenho que dar um jeito de pegar, com campo molhado ou seco. Errei eu – admitiu.
No segundo, em que o atacante André Lima golpeou de cabeça, Renan divide as culpas com a defesa. Nem os zagueiros subiram como deveriam, nem ele decidiu sair do gol com a devida rapidez de raciocínio que a situação exigia. Ficou no meio do caminho. A bola entrou ao seu lado. No terceiro, quando o mesmo André Lima o encobriu, nada havia para ser feito. Renan estava abandonado à própria sorte pelos zagueiros, volantes e laterais do Inter, todos adiante da intermediária.
Apesar da má atuação, foi um dos primeiros a encarar os repórteres depois da partida. Poderia ter deixado o campo rapidamente ou esperar a torcida que protestava se dispersar para sair. Passou no meio dos torcedores, com boa dose de coragem, e foi aplaudido pelo gesto.
– Tem um lado bom em tudo isso, no meu caso – advertiu o goleiro antes de ir pegar o carro no estacionamento. – Desta vez eu sei que vou ter seqüência de jogos para me recuperar. Duro é entrar em uma partida, falhar e não saber quando pode dar o troco – avaliou.
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