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Colômbia se arma para enfrentar guerrilha

Farc rejeitam participação da ONU em diálogo com o governo

Na primeira mensagem enviada ao presidente colombiano Álvaro Uribe desde sua posse, celebrada no último dia 7, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) rejeitaram a participação da Organização das Nações Unidas (ONU) em um eventual diálogo com o governo. Os rebeldes exigem que a solução para o conflito armado seja negociada diretamente com o Estado. A informação foi enviada pela Internet de algum lugar das montanhas colombianas, nesta quinta, 22 de agosto.

Enquanto as Farc reclamam uma solução política para o conflito que mata, por ano, 3,5 mil pessoas, o governo de Uribe é acusado de incentivar as forças de guerra contra os rebeldes. O governante não descarta dialogar com os rebeldes. Entretanto, não escondeu, em princípio, a preferência por um esquema de confronto.

Nesta quinta, a ministra da Defesa, Martha Lucía Ramírez, anunciou a convocação de cerca de 20 mil jovens agricultores, cuja missão será a de vigiar com armas as zonas do país onde é escassa a presença de policiais. Atualmente, em 186 dos mais de mil municípios da Colômbia não há efetivos da força pública. Em outros 227, a presença é insuficiente.

Em um primeiro indício do aumento da capacidade militar estatal, fontes oficiais de Bogotá informaram que 11 helicópteros blindados tipo Huey serão entregues pelo governo dos EUA à Colômbia para serem incorporados à frota de aeronaves de apoio à luta contra a guerrilha. Os 11 helicópteros fazem parte dos 25 que Washington foi autorizado a doar ao exército da Colômbia para dotá-lo de aeronaves de combate e transporte através do país.

As Farc reiteram na mensagem quatro exigências para abrir diálogo com o governo. Os rebeldes querem deixar de ser chamados de "terroristas" ou de "narcoterroristas", cobram que o governo combata os grupos paramilitares de extrema direita, defendem a desmilitarização 117 mil km2 e a retomada da agenda de negociações elaborada em conjunto com o ex-presidente Andrés Pastrana, antecessor de Uribe, que inclui reforma sociais e econômicas do Estado.


 
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