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 | 03/09/2006 13h55min

Brasil aplica 3 a 0 na Argentina em amistoso em Londres

Meia Elano marcou duas vezes e foi destaque do time do técnico Dunga

Assim como o técnico Dunga queria, o Brasil enfrentou a Argentina como se fosse uma final de Copa do Mundo e foi premiada com uma vitória por 3 a 0 em amistoso disputado neste domingo no Emirates Stadium, em Londres. Elano, um dos nomes que simbolizam a renovação no time, marcou os dois gols e foi o destaque da partida.

Se na Copa do Mundo a Seleção Brasileira era classificado de apática e sem brios, sob comando de Dunga é possível perceber uma mudança de postura. Apostando em jogadores que ainda precisam firmar seus nomes internacionalmente, o treinador exige vontade acima de tudo, como já ficou claro em sua estréia no empate por 1 a 1 com a Noruega.

Contra um adversário mais forte, mas que também passa por um processo de renovação, o Brasil fez 1 a 0 logo no começo do jogo, aos 2 minutos de jogo, e controlou o primeiro tempo, desperdiçando outras duas chances de ampliar. Porém, caiu de produção após o intervalo, viu a Argentina pressionar, mas num contra-ataque Elano encaminhou a vitória aos 22 minutos da etapa final.

Prova da nova filosofia na Seleção pôde ser notada mesmo antes de a bola rolar, pois o meia Kaká ficou à disposição no banco de reservas. Com o mesmo time que empatou com a Noruega, Elano e Robinho foram os destaques e mostraram estar prontos para serem titulares do Brasil. Para o técnico Alfio Basile, que estreou na seleção argentina, fica a sensação de muito trabalho pela frente. O trio jovem ofensivo formado por Tevez, Messi e Riquelme mostrou a habitual qualidade, mas faltou entrosamento e padrão para um time que começou a ser formado nesta semana.

Após a sua primeira vitória sob comando da seleção, o técnico Dunga agora prepara a seleção brasileira para o terceiro teste desde a Copa do Mundo: terça contra o País de Gales também em Londres. A novidade neste jogo pode ser a volta de Ronaldinho Gaúcho, que se recupera de lombalgia.

Neste domingo, os londrinos foram brindados com um dia de sol e com o maior clássico sul-americano, que teve os mesmos ingredientes de tantos outros jogos entre Argentina e Brasil. No primeiro tempo, por exemplo, Lucio e Tevez trocaram empurrões e sopapos longe da visão do juiz.

Na bola, o Brasil começou melhor e fez 1 a 0 logo no segundo minuto. Robinho deu um drible seco em Lucho Ganzález avançou pelo meio e deixou Elano na cara do gol, em jogada que lembrou os tempos de Santos. O meia não desperdiçou e chutou à esquerda de Abbondazieri para marcar seu primeiro gol pelo Brasil.

Com a vantagem no placar, o Brasil controlou a partida no meio-de-campo e seguia mais perigoso que os argentinos. Aos 11 minutos, Elano quase fez o segundo, mas o seu chute desviou na zaga e parou nas mãos de Abbondanzieri.

A Argentina cresceu no jogo a partir dos 30 minutos, quando Tevez teve a primeira chance clara de marcar, mas a cabeçada foi defendida por Gomes. Apesar da aparente pressão argentina, o Brasil seguia mais perigoso e quase ampliou em dois contra-ataques. No primeiro, Robinho tabelou com Daniel Carvalho, mas chutou em cima de Abbondanzieri. Já Cicinho errou o alvo.

Os primeiros 20 minutos do segundo tempo foram da Argentina. Alfio Basile mudou na estrutura do time, passou a jogar com três zagueiros e o Brasil não conseguia passar do meio-de-campo. Porém, a única chance real de gol argentino neste período foi criada por Messi, que apareceu livre na área, mas seu chuto cruzado não teve endereço certo.

O Brasil, porém, demonstrou mais eficiência. Aos 21 minutos, Fred arriscou de fora da área e Abbondaznieri fez grande defesa. Mas no minuto seguinte, Kaká tabelou com Fred e viu a passagem de Elano, que finalizou a sua tarde inesquecível com mais um gol, muito parecido com o seu primeiro.

Ainda teve tempo para mais um. Com a Argentina entregue, Kaká puxou contra-ataque aos 44 minutos desde o campo brasileiro, ganhou na corrida dos defensores e bateu na saída de Abbondanzieri: 3 a 0 para desespero dos argentinos, que perderam a cabeça, como no chute de Aguero em Lúcio punido só com o amarelo.

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