| 24/06/2006 15h08min
O técnico Carlos Alberto Parreira não dá pistas sobre a escalação do Brasil para a partida contra Gana, terça, pelas oitavas-de-final da Copa. O treinador, porém, já avisou que não pretende alterar o esquema tático da equipe e que as dificuldades do torneio começam nesta fase.
– O campeonato começa agora. Todas as gorduras já foram queimadas. Não vou mudar a estrutura do esquema tático do time. Ela já está muito consolidada e vai ser mantida. O importante é manter essa estrutura porque não podemos mais perder – afirmou.
Depois de elogiar o grupo de jogadores que tem em mãos, o comandante explicou que diminuirá um pouco o ritmo de treinos para não desgastar a equipe.
– As opções são muitas: eu tenho 23 soluções e vamos aguardar até mais próximo do jogo para definir o time. Não é mais o momento e intensificar os treinos. Antes do início da Copa, treinamos muito taticamente e cada um já sabe sua função. Serão quatro jogos em 13 dias. O desgaste é muito grande – salientou.
O treinador ressaltou ainda que todos os trabalhos físicos estão dando o resultado esperado pela comissão técnica:
– O Brasil está crescendo fisicamente como eu já havia previsto – disse.
Sobre Gana, Parreira lembrou que quando treinava a equipe, no final da década de 60, apenas um jogador atuava fora do país, nos Estados Unidos e o futebol ainda muito amador por lá. Hoje, a situação é bem diferente:
– Eles estão muito mais experientes, por causa desse intercâmbio com a Europa. A maioria dos jogadores atua em grandes centros e por isso estão passando por uma evolução natural. Mas não é só Gana, são todos os time africanos estão muito bem tecnicamente. Eles já ganharam três títulos africanos, têm três mundiais sub-17. Ou seja, não são tão inexperientes como falam por ai – afirmou o treinador da Seleção.
Sobre as qualidades do time africano, Parreira afirmou que eles são muito corajosos:
– É um time que joga para frente. Se assemelham muito com o futebol brasileiro na maneira de jogar. Não há mais aquele suposta ingenuidade dos time africanos, tem muita disciplina tática, conquistada por seus jogadores atuarem na Europa – salientou.
– O maior perigo para o Brasil é que eles não têm nada a perder. Se forem eliminados, tudo bem, afinal, foi para o time pentacampeão do mundo. Ou seja, eles vão vir para cima. São franco-atiradores. Jogaram muito bem contra a Itália, eliminaram a Republica Tcheca. Para mim, eles são a surpresa dessa Copa – concluiu o treinador.
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