A arma do Joinville para segurar o ataque do Avaí neste sábado, às 19h30min, no primeiro jogo da Seletiva para a Copa do Brasil, tem pontaria certeira. Afinal, não é qualquer um que defende um gol do craque Ronaldinho Gaúcho, uma das estrelas do quadrado mágico da Seleção Brasileira. Pois o goleiro Gilmar, que fará sua estréia no Joinville hoje, conseguiu a façanha na decisão do Campeonato Gaúcho, em 2000, quando o Caxias venceu o Grêmio e levou o título para casa.

Além das habilidades técnicas, o gaúcho Gilmar guarda outro trunfo que pode favorecer o tricolor na busca pela vaga na Copa do Brasil: durante dois anos ele fez parte da equipe adversária.

- Sempre é bom conhecer bem como o adversário joga e quais seus defeitos - diz Gilmar.

- Eu me identifiquei muito com o Avaí, fiz grandes amigos lá, mas hoje estou buscando o meu espaço no Joinville e essa vaga na Copa do Brasil - comenta o jogador, de olho na competição nacional.

O objetivo de Gilmar é compartilhado por toda a equipe tricolor e encarado pelo técnico Wagner Oliveira como um desafio.

- O pessoal está motivado. Sabemos das dificuldades de enfrentar um time líder da Série B, mas nós também temos consciência da nossa qualidade - afirma o técnico, que no  jogo de volta, na próxima quarta-feira poderá usar o meia Richardson, de volta ao clube depois da frustrada transferência para o futebol do Afeganistão.

Já Malzone, Fábio Lopes e Andrezinho foram dispensados. Caso nenhum dos dois clubes vença as duas partidas, a decisão fica para um terceiro jogo, dia 2 de julho - o mandante será a equipe de melhor desempenho nas duas partidas. E para o técnico do Avaí, Vagner Benazzi, é o que vai acontecer.

- Pode ser que aconteça, mas é muito difícil que a situação se defina em dois jogos. Os dois times se conhecem, é um clássico, tem rivalidade - avalia Benazzi.

O treinador avaiano tem apenas uma dúvida para definir a equipe titular: Ademir Sopa e Caetano brigam pela vaga de Michel, machucado.

- O Michel deu uma cadência e uma velocidade muito boa ao time, com qualidade. Com certeza foi uma grande perda, mas espero que aquele que a gente escolher como substituto trabalhe como ele vinha trabalhando. Temos o Ademir Sopa, o Caetano e o Fabinho para esta função. Vamos estudar o adversário e trabalhar a melhor opção em cima do que o adversário pode apresentar - avalia.

DIÁRIO CATARINENSE