| 22/06/2006 18h31min
O técnico da seleção de Gana, o sérvio Ratomir Dujkovic, esbanja confiança para o confronto da próxima terça contra o Brasil, pelas oitavas-de-final da Copa do Mundo. Após a vitória por 2 a 1 sobre os Estados Unidos nesta quinta, o treinador afirmou que a seleção de Carlos Alberto Parreira terá de “sofrer” para superar os africanos.
– Quem enfrentar os Estrelas Negras (como são chamados os jogadores de Gana) vai sofrer, como sofreram os times da República Tcheca, da Itália e dos Estados Unidos. E o Brasil vai sofrer também – disse o técnico durante a entrevista coletiva.
Apesar de ter qualificado a Seleção Brasileira como “a melhor do mundo” e de se dizer orgulhoso por enfrentá-la nas oitavas-de-final de um Mundial, Dujkovic acredita que sua equipe surpreenderá a todos e “fará três gols” na próxima terça.
– Estou orgulhoso de poder enfrentar o Brasil. Mas futebol é um esporte que acontece resultados imprevisíveis. Times mais fracos podem bater times mais fortes. Falo isso o tempo todo para meus jogadores – disse o técnico.
Sorrindo o tempo todo durante a entrevista, Dujkovic disse que a seleção africana já está feliz por ter se classificado para as oitavas-de-final, mas que o próximo objetivo é ir às quartas. De acordo com o técnico, o Brasil tem a obrigação de vencer e isso pode ser favorável ao seu time.
– Não temos nada a perder. Se vencermos o Brasil, será uma festa. Mas se empatarmos ou formos derrotados, será um resultado normal. Todos já estarão felizes por termos chegado às oitavas e enfrentado o Brasil – disse o técnico, que já dirigiu as seleções de Venezuela, Mianmar e Ruanda.
Assim como o treinador, os jogadores da seleção de Gana também estão otimistas. O capitão da equipe, o meia Stephen Appiah, eleito pela Fifa o melhor jogador na partida desta quinta contra os norte-americanos, afirmou que não teme os craques brasileiros.
– Vamos enfrentar o Brasil sem medo. Sem medo – repetiu.
Appiah disse também que a equipe agora joga “não só por Gana, mas por todo o continente africano, principalmente pelos países que vieram aqui e já foram eliminados”. Empolgado, o meia emendou que a seleção de Gana é o “Brasil da África”.
Antes do jogo, Appiah recebeu ligações do marfinense Didier Drogba e do togolês Adebayor, ambos desejando sorte à seleção de Gana. Já o camaronês Samuel Eto’o, do Barcelona, fez questão de visitar pessoalmente a concentração do time para dizer que estava torcendo por Appiah, Essien e companhia.
A classificação de Gana mantém uma escrita: desde a Copa do Mundo de 1986, pelo menos uma equipe africana chega às oitavas-de-final. Em 1990 e 2002, as seleções de Camarões e Senegal, respectivamente, foram mais longe, avançando até às quartas-de-final.
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