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 | 02/04/2006 15h38min

Simon diz que errou ao não dar tiro livre indireto

Árbitro afirma não ter marcado pois não viu quem mandou bola para Clemer

Carlos Simon esclareceu no início da tarde deste domingo os lances que geraram dúvidas após o Gre-Nal de sábado no Olímpico que ficou no 0 a 0. O árbitro reconheceu que errou ao não marcar o recuo de bola de Bolivar para Clemer, que acabou dominando a jogada com a mão. Segundo ele, deveria ter sido marcado tiro livre indireto dentro da grande área.

– Eu não vi aquele lance. Lamentavelmente, eu estava de costas para o lance e eu não vi quem jogou a bola para o Clemer. É claro que se eu tivesse visto teria marcado tiro livre indireto no bico da grande área onde o goleiro pegou a bola com a mão – disse Simon.

Simon, no entanto, acredita que não cometeu mais nenhum erro de interpretação. O comandante do clássico deste sábado afirmou que não houve pênalti de Ceará em Ricardinho, justificando que foi disputa normal pela bola.

– Eu tive esse erro (Clemer pegou com a mão bola atrasada de Bolivar). Os outros lances foram jogadas. O Tcheco se enrolou com o Tinga fora da área e a bola já estava saindo pela linha de fundo. No outro lado a mesma coisa. Estava muito próximo do lance do Ricardinho com o Ceará. O Ricardinho adiantou muito a bola e a tendência do atacante quando adianta vê que a bola vai sair pela linha de fundo(...) nem todo contato físico é infração. Na minha opinião não houve infração ali – afirmou o árbitro gaúcho. 

Sobre os acréscimos na partida – foram um minuto no primeiro tempo e dois no segundo – Simon acredita que não havia mais nenhum tempo a ser dado.

– Meu entendimento é que esse tempo estava satisfatório. Pelo jogo, na minha opinião, esse tempo era suficiente – finalizou.

Simon ainda falou a Zero hora sobre os lances duvidosos da partida:

Aos seis minutos do primeiro tempo, Bolívar recuou a bola para sua área. Clemer segurou com a mão. Pelas recomendações da Fifa, incluídas no livro das regras, Simon deveria apitar falta técnica - pela linguagem da arbitragem, "tiro-livre indireto" contra o Inter. Simon não marcou.

– Foi meu grande erro. Foi um erro banal. Não vi a origem do lance, estava meio de lado. Como não vi quem chutou, não pude marcar. E se tivesse sido um jogador do Grêmio? Além disso, o Clemer, que é um goleiro experiente, pegou com a mão. Por que ele faria isso? Os auxiliares também não assinalaram nada. Por isso, deixei o jogo seguir. Mas foi um erro.

Oito minutos do segundo tempo: Ricardinho avança pela esquerda, entra na área, tenta o drible em Ceará, que coloca o braço no peito do jogador do Grêmio. Ricardinho cai  na área. Pênalti?

– Não, foi uma disputa normal de jogo, que sempre contém estes choques. Os dois usaram os braços e, na velocidade, com a bola já fora do alcance, o Ricardinho caiu.
 
Alessandro faz falta violenta sobre Fabiano Eller no meio campo, aos 15 minutos. Jogadores se desentendem e Simon expulsa um de cada time.

– Ali houve a falta do Alessandro, puni, mas os jogadores envolvidos trocaram empurrões. Fiz o que deveria: expulsei os dois.

32 minutos: Patrício cobra lateral para Tcheco, o meia domina, avança, é tocado por Tinga e cai na área. Pênalti? Não para Carlos Simon.

– Os dois foram juntos para a bola e, no movimento, se tocaram. Com isso, o Tcheco, que ia em velocidade, caiu. Foi um lance normal.

Em dois lances de falta, a torcida, os dirigentes e até o técnico do Grêmio queriam a expulsão de Fernandão (falta em Tcheco) e de Tinga (que fez nova falta e reclamou, depois de já ter cartão amarelo).

– No caso do Fernandão, ele recebeu cartão amarelo. Ele fez uma falta pelo lado, não houve nada tão grave assim como falam. O mesmo em relação ao Tinga.

Aos 40 minutos, Herrera disputou uma bola com Clemer, apoiou o braço no ombro do goleiro e deixou o goleiro irritado. Na reação, Clemer tentou o revide. A exemplo de outros lances bruscos do Gre-Nal, Simon não viu razão para expulsão.

– Dei a falta do atacante. Depois da marcação, o jogador jogou a bola para o gol e houve aquele bolo, empurrões, um reserva entrou em campo, mas logo em seguida tudo se acalmou. Não havia motivo para expulsão.

Simon deu apenas dois minutos de acréscimos. Só na confusão entre Fabiano Eller e Alessandro, o jogo ficou parado três minutos. Somando-se o tempo das substituições, mais um período. Erro? Simon não aceita.

– Acabei concedendo dois minutos e meio. Na minha avaliação, foi o tempo correto de acréscimo.

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