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Freire defende Fogaça como alternativa para obter o consenso

Líder do PPS acredita que a Frente Trabalhista ficaria prejudicada com dois palanques no RS

O presidente nacional do PPS, senador Roberto Freire (PE), fez um apelo para que a Frente Trabalhista no Rio Grande do Sul, integrada pelo PDT, PPS e PTB, não esgote as tentativas de buscar um consenso. Diante do veto do PDT ao ex-governador Antônio Britto (PPS) e do PTB a Fortunati, Freire afirmou que o nome do senador José Fogaça (PPS) poderia ser uma alternativa. Segundo Freire, Fogaça pode proporcionar uma aliança bem mais ampla do que a Frente Trabalhista, atraindo setores democratas e de esquerda que ainda estão no PMDB.

A posição de Freire difere do presidente do PDT, Leonel Brizola, que insiste na candidatura do vereador José Fortunati e considera a hipótese de Fogaça como um simples "balão que passou".

Freire fez questão de elogiar a postura de Britto, que, segundo ele, jamais tentou impor seu nome nas negociações. Para Freire, se há uma pessoa que sai engrandecida desse processo é Britto. O senador, porém, considerou justo o fato de o PDT lançar Fortunati, mas alertou que isso poderia levar ao impasse e forçar uma negociação somente entre o PPS e o PTB. O líder do PPS acredita que a Frente Trabalhista – formada nacionalmente em torno da candidatura de Ciro Gomes (PPS) à Presidência – ficaria prejudicada politicamente se fossem montados dois palanques no Rio Grande do Sul.

O senador questinou a posição de Brizola, que comparou a situação de Fortunati nas pesquisas com a de Ciro como forma de justificar a manutenção da candidatura do pedetista à sucessão de Olívio Dutra. Segundo Freire, Ciro não está mal nas pesquisas. Pelo contário, estaria muito bem, principalmente diante do fato de estar fora da mídia (dos programas eleitorais) há muito tempo. Freire disse que não se pode analisar uma candidatura somente por causa das suas intenções de voto nas pesquisas.

Diante da sugestão de Freire, o senador Fogaça, lembrou que o partido deverá tomar uma decisão somente no próximo dia 20, mas fez questão de frisar que não pretende concorrer ao Piratini:

– Sou candidato à reeleição, não existe essa possibilidade de concorrer ao governo.

KLÉCIO SANTOS
 
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