O PFL quer a retirada da candidatura de José Serra (PSDB) para continuar apoiando o governo federal. A posição foi colocada ao presidente Fernando Henrique Cardoso por três ministros pefelistas. Esta seria a única maneira de evitar o rompimento do partido com o palácio do planalto. FH advertiu que tomará o rompimento do PFL como ofensa pessoal e disse que a decisão, se for concretizada, poderá trazer imediatas seqüelas para a economia.

Segundo o presidente, a postura pefelista está pondo a perder a eleição de um candidato do governo. No encontro, estavam presentes o secretário-geral da Presidência, Artur Virgílio (PSDB-AM), e os ministros de Minas e Energia, José Jorge, da Previdência, Roberto Brant, e de Esportes e Turismo, Carlos Meles.

Já o senador José Sarney (PMDB-AP) adiou para a semana que vem o discurso que faria hoje no Senado em defesa da filha, a governadora do Maranhão, Roseana Sarney. O pedido foi feito pelo presidente do PFL, Jorge Bornhausen. Os pefelistas querem esperar o resultado da reunião da executiva nacional nesta quinta-feira, dia 7, que vai decidir se o partido rompe ou não com o governo federal. A crise deve-se à invasão pela Polícia Federal de escritório da empresa de Roseana e do marido dela, Jorge Murad, em São Luiz.