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Empresa de marido de Roseana sofre apreensão

A Justiça Federal do Maranhão determinou nesta sexta-feira em São Luís a apreensão de documentos em escritório da empresa Lunus, pertencente a Jorge Murad, gerente de Planejamento do Maranhão e marido da governadora e candidata à Presidência Roseana Sarney (PFL). A medida está relacionada à investigação de irregularidades na extinta Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

A governadora disputa o primeiro lugar nas pesquisas de intenção de voto com o petista Luiz Inácio Lula da Silva. A apreensão começou às 14h30min de ontem, em São Luís. Roseana seria acionista da Lunus, segundo João Abreu, gerente de Qualidade de Vida do governo do Estado.

Não há detalhes sobre por que a Lunus foi vistoriada. O mandado de busca e apreensão foi expedido pelo juiz Carlos Madeira, da 5ª Vara da Justiça Federal do Maranhão, a pedido da Justiça Federal de Tocantins. As investigações sobre irregularidades na Sudam estão concentradas em Palmas. Esta é a segunda vez em menos de um mês que as apurações atingem políticos do primeiro time no país. No dia 16 de fevereiro, a Justiça Federal de Tocantins determinou a prisão do ex-presidente do Congresso Jader Barbalho (PMDB-PA).

Corre na Justiça Federal do Maranhão uma ação civil na qual o Ministério Público Federal acusa Roseana e Murad de improbidade. Em 1999, ambos participaram da aprovação do maior projeto da Sudam, a instalação de fábrica de autopeças da empresa Usimar, no valor de R$ 1,38 bilhão, dos quais R$ 690 milhões sairiam da Sudam. Depois de a Sudam desembolsar R$ 44,5 milhões, o projeto foi sustado por inconsistência nos balanços da Usimar.

Roseana Sarney, candidata do PFL à Presidência, em nota oficial:

"A invasão armada do escritório particular do administrador Jorge Murad, meu marido, praticado na tarde de hoje por agentes da Polícia Federal, órgão do Ministério da Justiça, é uma violência, uma arbitrariedade, ato político vergonhoso. O alvo não é meu marido, sou eu. Jorge Murad não tem ou teve qualquer projeto nem interesse pessoal na Sudam. Nunca participou direta ou indiretamente da Usimar. A violência representada por essa invasão é inaceitável num regime democrático e tem um único objetivo de tentar me intimidar. Mas não vão me intimidar. Não podemos aceitar a violação dos direitos individuais e a utilização do medo e do terror como armas políticas”.


 
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