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 | 11/10/2005 20h55min

Cem caminhões com animais são barrados no Norte de SC

Cidasc reforça vigilância contra febre aftosa

Mais de 100 caminhões foram impedidos de entrar em Santa Catarina hoje. Os veículos com animais ou produtos animais foram parados nas 15 barreiras da divisa com o Paraná e três na fronteira com o Rio Grande do Sul.

O governo catarinense reforçou a vigilância sanitária após a confirmação do foco de febre aftosa nos municípios de Eldorado, Itacuari, Iguatemi, Japorã e Mundo Novo, no Mato Grosso do Sul.

Ontem, o Estado liberou apenas a entrada de carne para exportação, desde que não fosse proveniente dos cinco municípios da região do foco.

No entanto, as exportações de carnes de Santa Catarina também serão afetadas. Israel e África do Sul já bloquearam a importação de carnes de todo o país, atingindo os produtores catarinenses.

Outro país que deve fechar a fronteira é a Argentina, segundo informações obtidas por um dos vice-presidentes da Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs), José Zeferino Pedrozo.

A Rússia e a Inglaterra suspenderam a importação das carnes do Mato Grosso do Sul. A União Européia restringiu também produtos do Paraná e São Paulo, além do Mato Grosso do Sul.

O vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina, Enori Barbieri, participou hoje de uma reunião em Porto Alegre com o Ministério da Agricultura. O transporte de aves e suínos entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul foi flexibilizado.

Na sexta-feira haverá um novo encontro, quando Santa Catarina vai solicitar a liberação da entrada de carne bovina maturada e sem osso vinda de outros Estados para compensar a demanda de 200 mil toneladas que o Estado necessita importar por ano.

O gerente de Defesa Agropecuária de Santa Catarina, Roni Barbosa, disse que o Estado está adotando medidas conjuntas com o Rio Grande do Sul e Paraná, para evitar a disseminação da doença.

Somente Santa Catarina investe R$ 25 milhões por ano no controle sanitário, que inclui 43 barreiras sanitárias, 250 barreiristas e a estrutura da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).

DIÁRIO CATARINENSE
 
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