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 | 05/10/2005 18h31min

Corregedoria deve salvar quatro dos 16 deputados processados

Membros de comissão de sindicância estão reunidos na Câmara

Os cinco membros da comissão de sindicância da Corregedoria da Câmara estão reunidos agora para votar o relatório do deputado Robson Tuma (PFL-SP) sobre os pedidos de abertura de processo contra os 16 deputados acusados de envolvimento no escândalo do mensalão. Foi feito um acordo e a comissão decidiu fazer um relatório único, mas dividido em capítulos, um para cada deputado.

Segundo um dos membros da comissão, Odair Cunha (PT-MG), quatro deputados devem se salvar de perder o mandato porque não há provas suficientes contra eles: Vadão Gomes (PP-SP), Pedro Henry (PP-MT), Professor Luizinho (PT-SP) e Vanderval Santos (PL-SP). Os processos contra José Dirceu (PT-SP), Sandro Mabel (PL-GO) e Romeu Queiroz (PTB-MG) serão considerados prejudicados porque o Conselho de Ética já analisa a possível cassação deles. O relatório da Corregedoria vai para a Mesa da Câmara, que ratifica ou não o texto e o encaminha para o Conselho de Ética.

O presidente do PPS, senador Roberto Freire (PE), foi à Corregedoria da Câmara para protestar contra a possibilidade de arquivamento de algum processo antes de o Conselho de Ética analisar os casos. Ele argumenta que a Mesa da Câmara não tem competência para arquivar processo originário de duas CPIs mistas, na Câmara e no Senado. Freire ressaltou que, mesmo que o Conselho aprove o arquivamento, só o plenário pode arquivar definitivamente um processo.

– Se a Mesa da Câmara fizer isso será uma violência e estará cometendo um grave equívoco – disse o senador.

Já o corregedor da Câmara, Ciro Nogueira (PP-PI), rebateu o argumento de Freire:

– A Mesa tem poderes para arquivar, sim. Poder tem, se deve (arquivar) é outra história.

AGÊNCIA O GLOBO
 
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