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 | 28/01/2002 23h16min

Namorada diz que morte de Daniel foi crime urbano

Ivone Santana confirmou que a calça que o prefeito usava quando foi encontrado era dele mesmo

A socióloga Ivone Santana, 38 anos, namorada do prefeito Celso Daniel, não acredita em motivação política no homicídio. Para ela, a morte do administrador de Santo André (SP) foi um crime urbano. Nesta segunda-feira, dia 28, Ivone depôs por mais de cinco horas na Delegacia Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana (DHPPH). Durante o depoimento, ela confirmou que a calça que Daniel usava quando foi encontrado morto era dele mesmo.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, a primeira que concedeu depois do assassinato, Ivone disse que a divulgação de informações sobre o caso prejudicou o desfecho. Quando avisada do seqüestro, Ivone disse que a primeira reação foi pensar que era engano. Ivone se disse alarmada 24 horas depois de o seqüestro ter ocorrido e os criminosos não terem feito nenhum contato.

– Os caras foram atrás do Celso porque o confundiram com um empresário rico. De repente, descobriram que pegaram o sujeito errado. Por causa daquele cerco todo, de todo o barulho da imprensa, os caras devem ter se apavorado e concluíram que precisavam se livrar dele.

Integrante do PT e coordenadora da Escola de Governo – organização não-governamental que o próprio prefeito fundou há sete anos –, Ivone tem dois filhos de uniões anteriores. Conheceu Daniel na adolescência e o namorava desde 1996. Viviam em casas separadas, mas andavam freqüentemente juntos. O último encontro ocorreu no dia 17, quando dormiu na casa de Celso Daniel e de onde saiu por volta das 7h da manhã de sexta-feira.

Para Ivone, o empresário Sérgio Gomes da Silva, que dirigia o carro, foi poupado pela aparência:

– O Sérgio é moreno. Nosso racismo cordial deve ter falado mais alto, e os caras acabaram se pautando pela aparência. Julgaram melhor pegar o Celso. Até agora, não consigo considerar outra possibilidade.

A namorada de Celso Daniel disse ainda que o prefeito não havia dado muita importância à carta contendo ameaças divulgada pela Frente de Ação Revolucionária Brasileira (Farb).

 
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