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 | 28/09/2005 09h11min

Três parlamentares desistem da eleição à presidência da Câmara

Integrantes do PP tentam fortalecer Ciro Nogueira

Três parlamentares desistiram nesta manhã de concorrer à disputa da presidência na Câmara Federal. Conforme a Globo News, deixam de concorrer Vanderlei Assis (PP-SP), Francisco Dornelles (PP-RJ) e João Caldas (PL-AL). O prazo para a desistência encerrou às 9h.

A desistência de Assis ainda não foi oficializada pela Mesa da Câmara, já que o deputado retirou sua candidatura pouco depois do limite estipulado pela Casa. Por esse motivo, o nome do deputado aparecerá na cédula de votação. Ele pretende anunciar a retirada da sua candidatura no plenário. A sessão está prevista para começar às 10h.

Os integrantes do PP abandonam o embate com o objetivo de fortalecer a candidatura de Ciro Nogueira  (PP-PI), principal oposicionista de Aldo Rebelo (PCdoB-SP), candidato governista. Jair Bolsonaro (PP-RJ), por sua vez, permanece como uma outra alternativa dentro do PP.

A decisão de Dornelles e Vanderlei foi tomada após a reunião da cúpula do PP, da qual os dois parlamentares participaram.

Dornelles explicou que desistiu de disputar o cargo porque concluiu que a candidatura de Ciro é mais forte e tem mais chances de vitória. Ele prometeu trabalhar para ajudar a eleger o colega.

O governo também procurou se fortalecer para a briga pela vaga. Ontem, Lula recebeu no Palácio do Planalto o candidato do PTB, deputado Luiz Antonio Fleury (SP). Na saída do encontro, Fleury disse que não recebeu pedido para retirar a candidatura, mas confirmou que se encontrará novamente com o presidente entre o primeiro e o segundo turno.

Outro trunfo do PT foi a desistência da bancada do PL de lançar candidato à presidência e o apoio da liderança ao candidato oficial. O deputado João Caldas (PL-AL), que havia inscrito sua candidatura, foi desautorizado pela bancada. A decisão do PL eleva de três para quatro o número de partidos que apóiam Aldo na disputa - PL, PT, PSB e PC do B. Juntas, as legendas somam 162 votos.

O convencimento do PL passou pela garantia da liberação de R$ 1 bilhão do orçamento do Ministério dos Transportes, chefiado por Alfredo Nascimento, indicado pelo PL. Antes, o Planalto havia ameaçado tomar a pasta do partido.

A expectativa é de que a escolha possa entrar noite a dentro. De acordo com o regimento interno, em até cinco sessões depois da publicação do ato de renúncia do presidente da Casa, Severino Cavalcanti, cabe ao vice promover a eleição. Para ser eleito, o novo presidente precisará de no mínimo 257 votos favoráveis dos 513 deputados. Se nenhum dos candidatos conseguir esse número de votos em primeiro turno, em votação secreta e em cédulas de papel, os dois mais votados disputarão o segundo turno.

Cada candidato terá 15 minutos para discursar em plenário e apresentar suas propostas para a Casa. O processo de votação só terá início quando o painel eletrônico registrar a presença de, no mínimo, 257 deputados.

A posse do eleito será realizada imediatamente após a apuração dos votos e a proclamação do vencedor. O novo presidente da Câmara terá um mandato menor do que o normal, porque vai de 29 de setembro a 2 de fevereiro de 2007, quando será eleita a nova Mesa Diretora.

AGÊNCIA O GLOBO E ZERO HORA
 
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