Até outubro, a Nestlé define qual a cidade gaúcha será berço da sua unidade de lácteos, afirmou o presidente nacional da companhia, Ivan Zurita. Ao falar pela primeira vez sobre o investimento no Estado, que estimou em R$ 120 milhões, Zurita disse que, "à primeira vista", a opção deveria recair sobre Carazinho ou Santa Rosa.

A previsão de Zurita é de que a fábrica gere entre 300 e 400 empregos diretos.

Em Porto Alegre para participar da Expoagas, Zurita explicou que a Nestlé já compra no Estado cerca de 1 milhão de litros de leite ao dia. Isso ocorre porque a empresa passou a comprar o produto excedente no mercado a partir da crise da Parmalat. Conforme a projeção do presidente da companhia, com a nova unidade, a compra poderá chegar a 3 milhões de litros ao dia, dependendo da velocidade com que o mercado se desenvolver.

Conforme o presidente da Nestlé, a decisão só depende da conclusão de um mapeamento do Estado feito pela companhia e pelo carimbo final de aprovação da matriz da companhia, que fica na Suíça.

Leite em pó, leite condensado e creme de leite deverão ser os principais produtos da segunda unidade gaúcha da Nestlé – a companhia já opera uma unidade de pet food (ração animal).

Conforme Zurita, a Nestlé não baseia sua decisão de investimento em "incentivos fiscais especiais", mas frisou que também não quer ter "condições distintas de outras companhias que estão operando". O presidente também fez questão de ressaltar a qualidade de relação com os produtores, sejam fornecedores de 20 litros diários ou de mais de 40 mil litros diários.

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