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Cogepol prendeu 33 policiais em três anos

Nos últimos três anos, a Corregedoria-geral da Polícia Civil (Cogepol) remeteu 544 inquéritos policiais à Justiça e prendeu 33 policiais (16 em flagrante). Apenas no ano passado, foram remetidos 212 inquéritos à Justiça – cerca de três inquéritos a cada dois dias. As informações constam do relatório liberado ontem pelo delegado Pedro Urdangarin, que deixa o cargo de corregedor para ocupar a função de diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI).

O relatório foi o último ato de Urdangarin como corregedor. O remanejamento está vinculado a uma reacomodação de funções na cúpula da Polícia Civil.

– A corregedoria nunca trabalhou tanto como este último ano. Só o número de policiais presos em flagrante este ano foi o dobro do que as registradas nos dois últimos anos. A atuação da corregedoria foi uma freio aos maus policiais. As prisões fizeram com que baixassem as denúncias – afirma Urdangarin.

Entre as infrações mais cometidas pelos policiais aparecem lesão corporal (um total de 32 casos nos três anos), ameaça (80), prevaricação (82), concussão (67) e abuso da autoridade (162). A concussão e a prevaricação são crimes que se aplicam a funcionários públicos. A concussão consiste em exigir para si ou para outros, direta ou indiretamente, vantagem indevida. Prevaricação é retardar ou deixar de praticar ato de ofício, ou praticá-lo contra a disposição da lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal.

Nos casos de crimes contra o patrimônio, há relatado no documento da Cogepol seis casos de roubo e nove de estelionato. No lugar, passa a comandar a Cogepol o delegado Conceição Cardoso Pinheiro, que foi deposto do cargo de diretor do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM) após entrar em rota de colisão com a chefia de Polícia. O delegado Jerônimo Pereira, que dirigia o DPM e o DPI, ficará apenas com o DPM.

 Os novos diretores da Cogepol e do DPI assumem na segunda-feira, dia 7. A saída de Urdangarin da Cogepol havia sido pedida em agosto passado, pelo ouvidor da Justiça e da Segurança, Luiz Goulart Filho. Em depoimento à CPI da Segurança, na Assembléia, ele justificou o pedido por suspeita de tortura. A suposta tortura teria sido cometida contra suspeitos da morte da comerciante Karine Abreu.

O assassinato ocorreu em abril de 1998, em Arroio dos Ratos, e foi solucionado em 2000, por uma equipe chefiada por Urdangarin, então delegado regional de São Jerônimo. A chefia de Polícia, porém, nega que o pedido do ouvidor da SJS tenha influenciado na decisão.


 
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