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Governo lança pacote econômico nesta sexta

Serão adotadas duas taxas de câmbio e o pagamento da dívida externa está temporariamente suspenso

O novo governo argentino sacramenta nesta sexta-feira, 4, a desvalorização do peso, com o fim da paridade entre o peso e o dólar, vigente desde 1991. Serão adotadas duas taxas de câmbio – uma fixa e uma flutuante, cujas cotações vão convergir ao longo de um período ainda indefinido. O pacote a ser anunciado pelo ministro Jorge Remes Lenicov, da Economia, deverá entrar em vigor na próxima segunda-feira.

A primeira etapa do fim da conversibilidade na  Argentina terá um câmbio para importadores e operadores do comércio exterior, com o dólar a 1,40 peso, e outro para o restante do mercado, que flutuará  livremente, revelou  um senador peronista. O país "fará um pouso forçado do modelo baseado na paridade peso/dólar (conversibilidade), mas o governo tentará fazê-lo o mais suave possível", disse um senador, que pediu anonimato.

– O programa econômico visa a defender o interesse nacional, os cidadãos, para que cada argentino se sinta protegido pelas decisões do governo – disse o chefe de Gabinete, Jorge Capitanich.

Ele confirmou a suspensão "transitória" do pagamento da dívida externa de US$ 141 bilhões, para conseguir uma reestruturação "compatível com nossa capacidade de pagamento". Capitanich pediu apoio e compreensão internacional "para essa reestruturação dos pagamentos da dívida".

Segundo a imprensa, com a desvalorizaçaão, o governo espera obter apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI), com a liberação de US$ 15 bilhões considerados necessários para a transição do regime de câmbio fixo para o flutuante.

Entre as medidas do pacote (veja quadro) estariam a liberação controlada do câmbio, a emissão de 3 bilhões de pesos em bônus (Lecops) para permitir às províncias pagar seus compromissos. Uma anistia fiscal seria ampliada, para aumentar a arrecadação, e a limitação às retiradas bancárias seria atenuada.

O orçamento para 2002 deverá ter contas equilibradas – uma velha exigência do FMI. O governo espera que todas essas medidas sejam aprovadas no fim de semana pelo Congresso. Duhalde quer capitalizar imediatamente o grande apoio que obteve do Congresso, com sua eleição por maioria de 262 parlamentares de um total de 329.

O governo argentino levará ao Fundo Monetário Internacional (FMI) uma proposta de pagamento da dívida externa, informou ontem o governador de Córdoba, José Manuel de la Sota, sem citar prazos ou condições da fórmula que será elaborada pelo novo ministro da economia.
A Argentina, afirmou, só conseguirá cumprir suas obrigações com uma redução nos juros e a mudança nos prazos de vencimento.

 
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