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Crise tumultua negócios com exportadores brasileiros

A situação econômica da Argentina só vai melhorar em seis ou oito meses, estimou nessa quarta-feira, dia 2, o presidente da Associação de Empresas Brasileiras para Integração do Mercosul (Adebim), Michel Alaby. Nesse período, é provável que as exportações brasileiras para o país vizinho continuem se comportando como no ano passado, quando caíram cerca de 25%, afirma Alaby.

Nem as empresas brasileiras com unidades na Argentina, reforça Elói Rodrigues de Almeida, presidente do Grupo Brasil, estão conseguindo fechar vendas no país. Alaby diz que exportadoras brasileiras devem cerca de US$ 1,5 bilhão em Adiantamentos de Contrato de Câmbio (ACCs) e Adiantamentos Cambiais Entregues (ACEs) ao Banco Central brasileiro. Esses instrumentos permitem às empresas retirar com antecipação, em reais, o valor equivalente aos dólares que receberiam pela venda ao Exterior.

Têm de pagar em prazo de até 12 meses, com taxa de juro internacional (ao redor de 5% ao ano). Caso não recebam dos importadores – situação que se tornou freqüente com a limitação de remessas imposta pelo Banco Central da República Argentina (BCRA) – as empresas teriam de pagar com taxa Selic (19% ao ano), mais a variação cambial.

– Por isso estamos pedindo ao BC para que dê um prazo maior para o pagamento – afirma Alaby.

Rodrigues de Almeida relatou que o clima é de tensa expectativa em relação às medidas econômicas que serão anunciadas amanhã. O Grupo Brasil reúne 190 empresas verde-amarelas com unidades ou filiais na Argentina. Continua em vigor a determinação do Banco Central do país que proíbe remessas de recursos ao Exterior, situação que, segundo Almeida, paralisou os negócios entre os dois países.

LÚCIA RITZEL E MARTA SFREDO

 
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