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Mandato presidencial divide peronismo

Líderes defendem antecipações de eleições, enquanto outro grupo quer estender mandato de Saá

Com a Argentina mergulhada em grave crise econômica e social, a política domina as preocupações no Partido Justicialista (peronista), que retornou temporariamente ao poder com a renúncia de Fernando de la Rúa. Nesta sexta-feira, dia 28, líderes peronistas propuseram a antecipação das eleições presidenciais de 3 de março para 17 de fevereiro, ameaçando ampliar a divisão interna do partido. Ao mesmo tempo, chegou à Corte Suprema de Justiça pedido de extensão do mandato do presidente interino, Adolfo Rodríguez Saá, até dezembro de 2003.

A ação, proposta pelo advogado e empresário Carlos Antonio Salvucci, alega que a fixação de eleições para março, pelo Congresso, deixa pouco tempo ao presidente para aliviar a grave crise do país. A proposta de antecipação de eleições, por sua vez, é encabeçada por governadores peronistas das grandes províncias e por líderes do partido no Congresso, que convocaram para este domingo, dia 30, uma reunião que deve discutir o tema.

Os articuladores da proposta de antecipar a eleição  – os governadores Carlos Ruckauf (Buenos Aires), Carlos Reutemann (Santa Fe) e Jose Manuel de la Sota (Córdoba), bem como o presidente do Senado, Ramón Puerta – seriam os grandes beneficiários dessa fórmula. Os quatro estão entre os favoritos do partido para vencer as eleições, junto com algumas figuras de oposição e o próprio presidente interino do país, Rodríguez Saá.

Para agravar o racha peronista, o ex-presidente Carlos Menem insiste em cancelar as eleições diretas de março e apóia a extensão do mandato de Rodríguez Saá até dezembro de 2003. Menem está fora da eleição de março por restrições legais – um presidente reeleito não pode se candidatar por quatro anos – e por ser acusado de liderar uma organização que teria contrabandeado armamentos para a Croácia e o Equador entre 1991 e 1995. Caso não haja eleição agora, ele espera ser o candidato peronista em 2003, porque não teria de concorrer nas prévias partidárias com um candidato já eleito e com grandes chances de se reeleger.

 
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