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 | 12/08/2005 10h39min

PT divulga nova versão para dívida de Lula

Sigla admitiu que procurador do presidente quitou débito de R$ 29,4 mil

O secretário-geral nacional do PT, Ricardo Berzoini, e o secretário de finanças da legenda, José Pimentel, tentaram ontem encerrar as dúvidas sobre uma dívida de R$ 29,4 mil do presidente Luiz Inácio Lula da Silva junto ao partido.

A nova versão coincide com a apresentada pelo presidente do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Paulo Okamotto, que disse ter quitado o débito em dezembro de 2003. De acordo com o texto, a dívida que Lula tinha com o partido, de R$ 29.436,26, a título de viagens realizadas pelo presidente e dona Marisa Letícia ao Exterior, foi paga por Okamotto, procurador de Lula.

Uma formalidade contábil teria dado origem à polêmica em torno dos recursos. Num primeiro momento, em dezembro de 2002, antes de Lula assumir a Presidência da República, Okamotto não reconheceu a dívida. Por isso, o valor foi lançado na contabilidade do partido como não-pago. Depois, no final de 2003, segundo a nota de Berzoini e Pimentel, Okamotto propôs o pagamento da dívida em quatro parcelas, que foram quitadas até o dia 30 de março de 2004.

Nesta semana, a existência de três versões para o débito fez com que os parlamentares da CPI dos Correios cogitassem pedir a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Okamotto, que afirmou ter pago os R$ 29,4 mil com dinheiro do próprio bolso. A proposta ainda não foi examinada pela comissão. A suspeita levantada pelos deputados e senadores era de que a quitação tivesse ocorrido com recursos do publicitário Marcos Valério de Souza, suposto operador do esquema de pagamento de mesada a deputados, o chamado mensalão.

Documentos do Banco do Brasil, porém, atribuem ao próprio Lula os depósitos feitos entre os dias 30 de dezembro de 2003 e 30 de março de 2004 na conta do diretório nacional do PT.

As informações são do jornal Zero Hora.

 
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