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 | 13/07/2005 18h25min

Dona da Daslu diz que cuidava mais do marketing da loja

Empresária afirmou não ter conhecimento das partes fiscal e contábil

A empresária Eliana Tranchesi afirmou em depoimento à Polícia Federal, na tarde desta quarta, que cuidava mais do marketing e do “glamour” da marca Daslu. Segundo o procurador da República Mateus Baraldi Magnani, Eliana afirmou não ter conhecimento da parte fiscal nem contábil da empresa.

Eliana pode ter a prisão temporária suspensa antes do prazo de cinco dias determinado pela Justiça porque os fiscais da Receita Federal conseguiram apreender uma boa quantidade de documentos nos escritórios da Daslu. Assim, não haveria necessidade de manter Eliana presa.

Segundo o procurador, já há evidências de que a Daslu realizava diretamente a negociação de compras de mercadorias. Os produtos, no entanto, chegavam ao Brasil por meio de importadoras. Eles eram subfaturados por uma empresa dos Estados Unidos e mandados ao Brasil.

De acordo com o superintendente da Receita Federal, Guilherme Mendes, a primeira apreensão que deu origem às investigações foi feita em meados de 2004. A Receita Federal descobriu em um contêiner no Aeroporto de Guarulhos com sapatos e bolsas que pertenciam a uma das importadoras. No meio da mercadoria, no entanto, foram achadas notas fiscais com o nome dos compradores reais, no caso a Daslu. O contêiner tinha mais mercadorias do que indicavam as notas fiscais.

No depoimento prestado, Eliana afirmou que seu irmão, Antônio Carlos Piva de Albuquerque, era quem estava no comando da administração da Daslu. Antônio Carlos também está preso na sede da Polícia Federal de São Paulo, assim como Celso Lima, contador e sócio de uma das empresas importadoras envolvidas na fraude.

As informações são da Agência O Globo.

 
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