| 07/11/2001 19h19min
A votação do projeto que altera as regras da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), prevista para esta quarta-feira, na Comissão do Trabalho da Câmara dos Deputados, acabou em troca de agressões entre parlamentares, seguranças e sindicalistas que assistiam à sessão. Pelo projeto, as empresas passariam a ter o direito de estabelecer com os sindicatos as regras entre patrões e empregados, independente do que diz a CLT atualmente. A polêmica em torno do assunto transformou a reunião da comissão em uma arena, onde cada lado trocava acusações e fazia ameaças. O tumulto começou quando deputados governistas tentaram inverter a pauta, deixando a votação das mudanças na CLT para o final da sessão. Neste momento, sindicalistas com cartazes pedindo o arquivamento do projeto passaram a gritar para os deputados palavras de ordem e ameaças de que se votasem a favor da proposta não seriam reeleitos no ano que vem. Os seguranças cumpriram a determinação da presidência da comissão para que controlassem os manifestantes. Foi aí que começou um bate-boca entre sindicalistas e deputados, a favor e contra a intervenção dos seguranças, terminando em empurra-empurra e suspensão da reunião. A votação do projeto foi adiada para a próxima semana. A direção da Câmara já avisou que vai preparar um esquema especial de acesso aos plenários das comissões para evitar novos conflitos.
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