Mesmo sem apresentar provas e informações conclusivas, o chefe da Polícia Civil no Estado, José Antônio Araújo, em depoimento à CPI da Segurança Pública nesta segunda-feira, afirmou repetidas vezes que 10% do efetivo de policiais da corporação são corruptos e que não irá medir esforços em exterminar a chamada “banda podre” da polícia. – Nós vamos até o fim e vamos resgatar o bom nome da Polícia Civil, tenho certeza que 90% dos nossos policiais não são corruptos e, por isso, não podemos ser taxados de corruptos – garantiu Araújo, que também garantiu que os inquéritos policiais servirão para identificar os outros 10%. Araújo garantiu que eles serão julgados e presos. Durante o depoimento, o ex-chefe de Polícia fez questão de enumerar as deficiências que a corporação enfrenta, destacando que já em 1972 – quando o efetivo total era de 6 mil agentes – a defasagem atingia a marca de 50%. Araújo também explicou que muitas investigações internas envolvendo policiais esbarram na burocracia que os procedimentos legais exigem, tais como liberação para quebra de sigilo bancário e telefônico.