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 | 12/02/2005 20h46min

Identificados pistoleiros que mataram missionária dos EUA

Suspeitos teriam se infiltrado entre os trabalhadores liderados pela americana

A prisão dos mandantes e executores do assassinato da missioneira norte-americana Dorothy Stang, no Pará, é questão de honra para o governo. A declaração é do ministro da Secretaria dos Direitos Humanos., Nilmário Miranda. Ele afirmou também que foi identificado os pistoleiros que dispararam contra a missionária e já estaria sendo procurados pela polícia. As duas pessoas que estavam junto com Dorothy estão sob proteção policial e são as principais testemunhas do caso.

Os suspeitos se infiltrou entre os trabalhadores liderados pela missionária para em seguida sacar a arma e atirar.

A freira norte-americana, Dorothy Stang, radicada no Brasil há mais de três décadas, foi assassinada na manhã deste sábado em um assentamento de trabalhadores sem-terra na floresta amazônica, no município de Anapu, oeste do Pará.

– Recebemos informações da comunidade de que ela foi morta com três tiros em uma emboscada a cinqüenta quilômetros da cidade – informou o delegado regional da Polícia Federal no Pará, Raimundo Freitas.

Dorothy, de 76 anos, integrava a entidade Irmãs de Notre Dame e atuava também junto à Comissão Pastoral da Terra (CPT). A freira trabalhava há mais de oito anos com as comunidades e movimentos sociais na região da rodovia Transamazônica para incentivar o desenvolvimento sustentável e denunciava a ação de madeireiros, grileiros e fazendeiros na exploração ilegal da floresta.

– Ela andava quilômetros e quilômetros no meio da mata ensinado as mulheres a cuidarem melhor dos seus filhos e a tirar o sustento da floresta sem destruí-la e, por isso, simboliza a resistência e exemplo de vida digna para as comunidades carentes da Transamazônica –  disse a presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-Pará, Meire Cohen.

Há pelos menos seis meses Dorothy vinha sofrendo ameaças de morte que foram levadas ao conhecimento da Secretaria de Segurança Pública do Pará, segundo a OAB do Estado.

– A morte dela não é uma intimidação, mas um encorajamento para continuarmos a luta para acabar com os predadores da floresta", afirmou a advogada. No ano passado, Dorothy recebeu o prêmio "José Carlos Castro – criado pela OAB-Pará para homenagear os defensores dos direitos humanos no Estado. As informações são da Globo Online e Reuters.


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