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 | 17/01/2005 11h10min

Colômbia acusa Venezuela de proteger rebelde das Farc

Rodrigo Granda foi preso em Caracas numa operação polêmica

A Colômbia voltou a acusar a Venezuela de proteger o rebelde Rodrigo Granda, membro da Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Neste domingo, dia 16, um comunicado do governo colombiano prometeu provar a proteção por autoridades venezuelanas.

Granda foi detido em Caracas, numa operação que contou com a participação de militares da Venezuela contratados pela Colômbia. Longe de desculpar-se pelo ato que a Venezuela chama de seqüestro ilegal, a Colômbia elevou o tom diplomático da discussão.

– A Colômbia dará ao governo venezuelano provas de que autoridades daquele país estavam protegendo Granda. O abrigo de terroristas viola a soberania da Colômbia porque aumenta o risco do uso do terror contra seus cidadãos. A Colômbia paga informantes por informação que leve à captura de terroristas. Isso não é suborno. A Venezuela deve apresentar prova do suposto suborno de autoridades – diz o comunicado.

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, criticou os Estados Unidos por apoiarem a Colômbia na disputa e acusou Washington de tentar dividir a América Latina. Chávez, que retirou seu embaixador de Bogotá e congelou projetos bilaterais com a Colômbia, voltou a exigir que os colombianos se desculpem por terem pago soldados venezuelanos para sequestrarem Granda, chefe de relações exteriores do grupo rebelde marxista Farc. Granda foi entregue para a Colômbia, onde a polícia anunciou sua prisão.

As informações são da agência Reuters.

 
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