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 | 26/06/2001 20h45min

Produtores gaúchos querem barrar rastreamento e abates

Rio Grande tem o maior número de focos de aftosa no Estado, com 13 casos registrados

Os produtores gaúchos do município de Rio Grande pretendem barrar as medidas de controle da aftosa adotadas pela Secretaria da Agricultura no município. Em decisão tomada nesta terça-feira em assembléia, os pecuaristas decidiram impedir o rastreamento nas propriedades e o abate sanitário dos exemplares sadios proposto pelo governo. A reunião foi convocada em decorrência da ação analisada pela Secretaria da Agricultura de sacrificar todos os animais doentes e os que tiveram contato, na área de emergência – raio de três quilômetros do foco. A medida é sugerida pelo Código Zoossanitário Internacional. No encontro, os produtores mostraram-se descontentes com o trabalho desenvolvido até então pelo técnicos da Inspeção Sanitária na região, cujos resultados não têm sido considerados satisfatórios. Com um rebanho de 130 mil cabeças, a cidade já registra a maior concentração de focos da doença no Estado, com 13 casos confirmados. Até agora, 87 bovinos foram sacrificados e incinerados. O presidente do Sindicato Rural de Rio Grande, Luiz Fernando Dutra Almeida, combate o trabalho de rastreamento. Segundo ele, os próprios técnicos estariam disseminando o vírus da aftosa ao percorrer propriedade por propriedade analisando os animais. Os produtores querem, ainda, uma maior controle sanitário no porto devido ao fluxo intenso de caminhões e de navios. Nas próximas horas, os advogados do sindicato devem ingressar na Justiça com pedido de medida cautelar contra o rastreamento e o abate sanitário. O diretor do Departamento de Proteção Animal da Secretaria da Agricultura, Celso dos Anjos, afirma que ninguém será prejudicado, pois o abate será comercial. Ele disse ainda que as barreiras sanitárias serão ampliadas tanto no porto como em outras áreas importantes. • Tire suas dúvidas sobre a doença

MARCOS FONSECA
 
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