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 | 30/03/2004 21h55min

Pesquisadores da UFSC afirmam que fenômeno foi furacão

Medições dos brasileiros são confirmadas por instituto americano

Foi um furacão e não um ciclone extratropical que atingiu o sul do país na madrugada de domingo, 28. A certeza é de quatro especialistas do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e membros do Grupo de Estudos de Desastres Naturais (GEND).

Os geógrafos Emerson Vieira Marcelino, 31 anos, e Roberto Fabris, 21, o oceanógrafo Frederico Rudorff, 27 e o físico e professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC, Reinaldo Hass, 32 anos, monitoraram o fenômeno, a céu aberto, na praia de Arroio do Silva. Foram eles quem mantiveram informados, em tempo real, a Defesa Civil do Estado e o Climerh.

Uma das principais diferenças entre um ciclone e um furacão está na temperatura do seu olho (centro). Quando ocorre um furacão, seu olho é quente e suas bordas são frias. Com o ciclone, acontece exatamente o contrário.

Segundo os observadores do GEDN durante a calmaria do fenômeno, ou seja, quando passou o olho, as temperaturas aumentaram tanto que eles não conseguiram permanecer com as jaquetas e as capas de chuva. Inclusive as pessoas que saíram para as ruas neste momento também vestiam bermudas e camisetas.

Na segunda etapa do furacão, a temperatura caiu drasticamente, tanto que o grupo sofreu choque térmico, começou a tremer e perdeu o controle do corpo. Os casacos já haviam sido levados pelo vento.

Nesta terça, 30, o grupo recebeu informações da Agência Nacional Americana de Meteorologia que confirmaram as altas temperaturas no olho do furacão, através de imagens que captam radiação na faixa de microondas.

Por volta das 2h45min, durante a segunda etapa do fenômeno, os observadores atestam que as rajadas de vento ficaram acima dos 180 km/h, com grande possibilidade de rajadas de 200 km/h. A destruição continuou em escala alarmante e o barulho do vento lembrava uma turbina de avião, segundo os pesquisadores.

Com informações do Diário Catarinense.

 
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