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 | 26/03/2004 16h07min

Professores estaduais decidem entrar em greve

Secretário diz que aulas serão recuperadas no próximo ano

Os professores estaduais decidiram em assembléia geral na tarde desta sexta, dia 26, entrar em greve por tempo indeterminado. Não haverá aula já nesta noite. Mais de 10 mil professores se reuniram às 13h30min no Gigantinho, em Porto Alegre. Com a decisão, 3.041 escolas do Estado deverão paralisar as atividades, atingindo 1,5 milhão de alunos. Os professores reivindicam reajuste de 28,8%. O governo declara que a crise nas finanças do Estado impede que haja reajuste nos salários.

Segundo o secretário, José Fortunati, as aulas perdidas durante a paralisação serão recuperadas a partir do dia 2 de janeiro. Ele afirmou que pretende buscar novo diálogo com o magistério.

Após a assembléia geral dos professores no Gigatinho, a categoria realiza caminhada até a frente do Palácio Piratini, onde ocorrerá um ato unificado, incluindo demais categorias do funcionalismo. O objetivo da manifestação que marca o Dia Estadual de Luta por Melhores Salários é pedir reposição emergencial de 28%, pagamento em dia dos honorários, além de gestão paritária e dependência universal no Instituto de Previdência do Estado. A marcha dos professores bloqueou o trânsito nos dois sentidos da Padre Cacique. A Avenida Beira Rio, nos dois sentidos, está liberada.

A última greve dos professores ocorreu em 2000. A paralisação durou 32 dias. A reivindicação era de um reajuste de 25%. O governo pagou 14,9%. Em 2001, a mobilização veio através de marcha, que durou três meses. O Estado parcelou então os 25%.

As informações são da Rádio Gaúcha.

 
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