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Polícia Federal do Estado pede reforço para fiscalização de bingos

Segundo sindicato, maioria dos policiais atua na Capital e nas fronteiras

O presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Rio Grande do Sul, Marcos Vinício Wink, alertou neste domingo, dia 22, para a necessidade de uma alternativa para que os 500 agentes na ativa possam fiscalizar os bingos e as máquinas caça-níqueis. As casas que operam estes jogos foram proibidas de atuar por uma medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira.

Wink afirma que será preciso fazer um remanejo de pessoal para cumprir a determinação, já que a maioria do efetivo da Polícia Federal (PF) no Estado está nas delegacias de fronteiras e em Porto Alegre. O superintendente em exercício da PF no Estado, Ademar Stocker, aguarda comunicado oficial de Brasília para iniciar a fiscalização. Segundo ele, a falta de efetivo deve retardar os trabalhos dos fiscais para depois do feriado de Carnaval.

O governo determinou o fechamento de bingos e casas de jogos até que a atividade seja regulamentada. A medida foi uma reação do Executivo contra as denúncias envolvendo o ex-assessor de Assuntos Parlamentares da Casa Civil Waldomiro Diniz, que admitiu ter pedido dinheiro a um empresário do setor para campanhas eleitorais do PT e para si próprio enquanto ocupava a direção da Loteria do Estado do Rio de Janeiro.

No Rio Grande do Sul, o ex-diretor da Loteria do Estado (Lotergs) durante a gestão de Olívio Dutra, José Vicente Brizola, disse que sofreu pressão de integrantes do Partido dos Trabalhadores para obtenção de recursos para campanhas junto a bicheiros, que também operam loterias. O governo federal negociava com os empresários do setor para regulamentar o jogo, mas o vasamento das denúncia adiou os planos.

Os bingos e as casas de jogo com máquinas caça-níqueis permaneceram fechados durante o fim de semana em Porto Alegre. A associação gaúcha dos bingos deve anunciar na próxima quarta quais medidas serão tomadas para garantir o funcionamento normal dos estabelecimentos. Segundo a entidade, a medida provisória do governo federal pode desempregar 10 mil pessoas no Estado.

As informações são da Rádio Gaúcha.

 
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